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ADT 10 MG 60 COMP
ADT 10 MG 60 COMP
ADT 10 MG 60 COMP
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Folheto informativo

Folheto informativo: Informação para o utilizador

ADT 10 mg comprimidos revestidos
ADT 25 mg comprimidos revestidos
ADT 75 mg comprimidos revestidos
cloridrato de amitriptilina


Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois contém informação
importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode ser-lhes
prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
- Se tiver quaisquer efeitos indesejáveis, incluindo possíveis efeitos indesejáveis não indicados neste
folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.

O que contém este folheto:



Indicações terapêuticas
A principal indicação terapêutica do ADT é o tratamento de estados depressivos. As depressões são
caracterizadas por falta de resposta ao meio ambiente, acontecimentos ou relações pessoais, e ainda por
outros sintomas como perda do apetite, falta de energia, lentidão psíquica, diminuição da produtividade,
alterações do sono e da atividade motora. É de referir a particular importância da amitriptilina nas
depressões ansiosas e a sua eficaz ação ansiolítica.

ADT também está indicado na enurese noturna em que foi excluída a existência de patologia orgânica.



Não tome ADT
- Se tem alergia à amitriptilina ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6).

- Se está a tomar antidepressivos tricíclicos ou IMAO: ADT não deve ser administrado simultaneamente
com inibidores da monoaminoxidase. Têm ocorrido crises hiperpiréticas, convulsões graves e morte em
doentes tratados simultaneamente com antidepressivos tricíclicos e IMAO.

- Se teve enfarte do miocárdio: não deve ser tomar ADT durante a fase de recuperação aguda após um
enfarte do miocárdio.

Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar ADT.
- Se está a tomar medicamentos que contêm buprenorfina. A utilização destes medicamentos juntamente
com ADT pode causar síndrome serotoninérgica, uma condição potencialmente fatal (ver "Outros
medicamentos e ADT").



Quando, em caso de substituição da terapêutica com IMAO, o tratamento com ADT só deverá ser iniciado
duas semanas (14 dias) após a suspensão do IMAO, de modo a evitar um possível efeito de potenciação. O
tratamento com ADT deve ser iniciado com precaução nestes doentes, elevando-se gradualmente a dose até
se obter uma resposta satisfatória (ver secção 2, "Outros medicamentos e ADT" e "ADT com alimentos e
bebidas").

Se tem história de crises convulsivas, retenção urinária, hipertrofia prostática, glaucoma de ângulo fechado
ou hipertensão intraocular: a amitriptilina deve ser administrada com precaução em doentes com história de
crises convulsivas, com perturbações da função hepática e, devido à sua ação atropínica, em doentes com
história de retenção urinária, hipertrofia prostática, glaucoma de ângulo fechado ou hipertensão intraocular.
Nos doentes com glaucoma de ângulo fechado, mesmo as doses terapêuticas habituais podem precipitar um
aumento da pressão intraocular. Se possível, o tratamento com amitriptilina deve ser interrompido vários
dias antes de uma intervenção cirúrgica. No entanto, caso não seja possível, o anestesista deve ser
informado de que o doente está medicado com amitriptilina, uma vez que a anestesia pode aumentar o risco
de hipotensão e de arritmias.

Se tem perturbações cardiovasculares: os doentes com perturbações cardiovasculares devem ser
cuidadosamente vigiados dado que a amitriptilina pode provocar arritmias, taquicardia sinusal e alterações
da condutibilidade pois, por um efeito tipo quinidina, pode ocorrer aumento do tempo de condução, mas
pela ação anticolinérgica pode ocorrer o contrário.

Se tem hipertiroidismo ou se está a ser tratado com medicamentos para a tiroide ou com agentes
anticolinérgicos: nestes doentes é necessário efetuar uma monitorização cuidadosa.

Quando, em caso de terapêutica por eletrochoque: os perigos da terapêutica por eletrochoque podem ser
potenciados pela administração concomitante da amitriptilina. Assim, este tratamento concomitante deve
ser limitado aos doentes em que seja considerado absolutamente essencial. Durante o tratamento, o risco de
suicídio nos doentes deprimidos mantém-se até se atingir uma situação de remissão significativa, pelo que
estes doentes devem ser cuidadosamente vigiados.

Nos estados de psicose maníaco-depressiva, os doentes deprimidos podem transitar para a fase maníaca se
forem tratados com um agente antidepressivo tricíclico. Os doentes que apresentam sintomatologia
paranoide podem manifestar exacerbação dos sintomas. Nestes casos, pode administrar-se
concomitantemente um tranquilizante ou reduzir a dose de amitriptilina.

Pensamentos relacionados com o suicídio e agravamento da sua depressão ou distúrbio de ansiedade
Se se encontra deprimido e/ou tem distúrbios de ansiedade poderá por vezes pensar em se autoagredir ou
até suicidar. Estes pensamentos podem aumentar no início do tratamento com antidepressivos, pois estes
medicamentos necessitam de tempo para atuarem. Normalmente os efeitos terapêuticos demoram cerca de
duas semanas a fazerem-se sentir, mas por vezes pode demorar mais tempo.

Poderá estar mais predisposto a ter este tipo de pensamentos nas seguintes situações:
- Se tem antecedentes de ter pensamentos acerca de se suicidar ou se autoagredir.
- Se é um jovem adulto. A informação proveniente de estudos clínicos revelou um maior risco de
comportamento suicídio em indivíduos adultos com menos de 25 anos com problemas psiquiátricos
tratados com antidepressivos.

Se em qualquer momento vier a ter pensamentos no sentido de autoagressão ou suicídio deverá contactar o
seu médico ou dirigir-se imediatamente ao hospital.

Poderá ser útil para si comunicar a uma pessoa próxima de si ou a um familiar que se encontra deprimido
ou que tem distúrbios de ansiedade e dar-lhes este folheto a ler. Poderá também solicitar-lhes que o
informem caso verifiquem um agravamento do seu estado de depressão ou ansiedade, ou se ficarem
preocupados com alterações no seu comportamento.


Foram comunicados um problema de coração chamado “intervalo QT prolongado” (que é revelado no seu
eletrocardiograma, ECG) e afeções do ritmo cardíaco (batimento cardíaco rápido ou irregular) com ADT.
Fale com o seu médico se:
 tem um ritmo cardíaco lento,
 teve ou tem um problema no qual o seu coração não consegue bom bear o sangue em redor do corpo tão
bem como deveria (uma condição chamada insuficiência cardíaca),
 está a tomar qualquer outra medicação que possa provocar problemas no coração, ou
 tem um problema que determine um nível baixo de potássio ou magnésio ou um nível elevado de potássio
no seu sangue.

Crianças e adolescentes
Cloridrato de amitriptilina não deve ser administrado para o tratamento da depressão em crianças e
adolescentes com idade inferior a 18 anos. Não foi demonstrada eficácia dos antidepressivos tricíclicos em
estudos com doentes deste grupo etário com depressão. Os estudos com outros grupos de antidepressivos,
nomeadamente os Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina, demonstraram que estes
medicamentos estavam relacionados com ideação suicida, autoagressividade e hostilidade. O risco de
ocorrência destas reações não pode ser excluído para cloridrato de amitriptilina. Adicionalmente, cloridrato
de amitriptilina está associado ao risco de eventos adversos cardiovasculares em todos os grupos etários.

Para além do exposto, não existem ainda disponíveis dados de segurança de utilização a longo prazo em
crianças e adolescentes no que concerne ao crescimento, maturação e desenvolvimento cognitivo e
comportamental (ver também secções "Efeitos indesejáveis possíveis" e "Se tomar mais ADT do que
deveria").

Outros medicamentos e ADT
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado recentemente, ou se vier a tomar
outros medicamentos.

Alguns medicamentos podem afetar a ação de outros medicamentos e isto, por vezes, pode causar efeitos
indesejáveis graves. Não tome nenhum outro medicamento enquanto estiver a tomar ADT sem falar
primeiro com o seu médico, especialmente:

- Medicamentos que contêm buprenorfina. Estes medicamentos podem interagir com ADT e poderá
experienciar sintomas tais como contrações rítmicas involuntárias dos músculos, incluindo os músculos que
controlam o movimento dos olhos, agitação, alucinações, coma, transpiração excessi va, tremor, exagero de
reflexos, aumento da tensão muscular, temperatura corporal acima de 38°C. Contacte o seu médico se
experienciar estes sintomas.

- Depressores do SNC (álcool, barbitúricos): a amitriptilina pode potenciar o efeito depressor sobre o SNC,
dando origem a depressão respiratória. Por outro lado, os barbitúricos podem diminuir o efeito
antidepressivo da amitriptilina.

- Outros antidepressivos: a administração concomitante de antidepressivos com modos de ação diferentes
apenas deve ser efetuada com o devido conhecimento da possibilidade de potenciação e com completo
domínio da farmacologia de ambos os fármacos.

- Anticolinérgicos e anti-histamínicos: a amitriptilina pode potenciar os efeitos anticolinérgicos destes
fármacos. O aumento da atividade anticolinérgica pode provocar íleus paralítico, visão turva e afetar a
pressão intraocular nos doentes com glaucoma.

- Clonidina e guanetidina: a amitriptilina pode antagonizar o efeito antihipertensor destes fármacos, pelo
que a sua administração concomitante não é recomendada. Os antidepressivos tricíclicos bloqueiam a
absorção da guanetidina e de outros compostos com ação semelhante, pelo que poderá ser necessário
proceder ao ajustamento da dose destes fármacos. É aconselhável rever a terapêutica antihipertensiva
durante o tratamento com antidepressivos tricíclicos.



- Estrogénios: falta de resposta antidepressiva e toxicidade tricíclica.

- IMAO: podem potenciar os efeitos dos antidepressivos tricíclicos, tais como a amitriptilina, podendo
ocorrer crises de hiperpirexia, convulsões graves e morte.

- Agentes simpaticomiméticos (adrenalina, efedrina, isoprenalina, noradrenalina): pode haver potenciação
dos efeitos pressores e cardíacos dos simpaticomiméticos, a qual pode ser fatal.

- Fármacos que atuam na tiroide: aumenta a possibilidade de ocorrência de arritmias.
- Dissulfiram: foi relatado delírio em doentes medicados concomitantemente com dissulfiram e
amitriptilina.

- Fármacos metabolizados pelo citocromo P450 2D6: a utilização concomitante de antidepressivos
tricíclicos com fármacos que podem inibir o CYP P450 2D6 (ex.: quinidina, cimetidina) e fármacos que são
substrato para o P450 2D6 (ex. amitriptilina) pode requerer doses menores do que as normalmente
prescritas para a amitriptilina ou para o outro fármaco. Pode ser necessário o ajuste da dose.

- Reserpina: a amitriptilina pode antagonizar os efeitos da reserpina.

- Etcorvinol: a utilização concomitante de amitriptilina com doses elevadas de etcorvinol deve ser efetuada
com cuidado. Tem sido relatado delírio passageiro em doentes tratados com 1 g de etcorvinol e 75-100 mg
de amitriptilina.

- Anticonvulsivantes: redução da eficácia do controlo das convulsões nos doentes epiléticos.

- Analgésicos: a amitriptilina pode aumentar o risco de crises convulsivas em doentes medicados com
tramadol.

- Antipsicóticos: podem aumentar as concentrações plasmáticas da amitriptilina.

- Fármacos indutores da serotonina: pode ocorrer “síndrome da serotonina”.

- Ácido valpróico.
ADT com alimentos e bebidas
O álcool é um depressor do SNC. A amitriptilina pode potenciar o efeito depressor sobre o SNC, dando
origem a depressão respiratória. Ver também secção Tomar ADT com outros medicamentos.

Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu médico ou
farmacêutico antes de tomar este medicamento.

A segurança da amitriptilina durante a gravidez ainda não está estabelecida.
Não é recomendada a utilização da amitriptilina durante a gravidez, a menos que, na opinião do médico, os
possíveis benefícios justifiquem os potenciais riscos para o feto.

A amitriptilina e o seu principal metabolito, a nortriptilina, passam para o leite materno em concentrações
semelhantes às plasmáticas. Devido à possibilidade de reações adversas graves nas crianças, a mãe deverá
interromper a amamentação ou suspender o medicamento.

Condução de veículos e utilização de máquinas
ADT pode afetar as capacidades mentais necessárias à execução de determinadas tarefas, tais como a
condução de veículos ou a manipulação de máquinas.

ADT contém sódio


Este medicamento contém menos de 1 mmol (23 mg) de sódio por comprimido revestido, ou seja, é
praticamente "isento de sódio".

ADT 25 mg e ADT 75 mg contém o corante tartrazina (E 102)
Pode causar reações alérgicas.



Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu médico ou
farmacêutico se tiver dúvidas.

A dose habitual/média do tratamento é indicada na posologia.

O medicamento é administrado por via oral.

Posologia na depressão

Posologia inicial:
A posologia média é de 25 mg, três vezes ao dia, às refeições. Se necessário, pode-se aumentar até 150 mg
diários. Os aumentos devem fazer-se de preferência nas doses ao fim da tarde ou ao deitar.
O efeito do ADT manifesta-se após alguns dias, sendo o efeit o pleno atingido após 2 a 3 semanas.

Pode haver outros métodos alternativos para o início da terapêutica:
Uma dose de 50 a 100 mg de amitriptilina de preferência à tarde ou ao deitar podendo ser aumentada até
150 mg por dia.
Uma dose de 75 mg de preferência à tarde ou ao deitar, e aumentar, se necessário, para 150 mg ao deitar ou
75 mg de manhã mantendo o 75 mg à noite.

Para doentes adolescentes e idosos são recomendadas doses mais baixas, de 50 mg diários, que podem ser
administrados em doses fracionadas ou numa dose única, de preferência ao fim do dia ou ao deitar.

Posologia de manutenção:
As doses de manutenção são de 50 a 100 mg diários de preferência ao fim da tarde ou ao deitar.
Logo que possível, a posologia deve ser reduzida até se atingir a dose mínima que permita obter o alívio
dos sintomas.
A terapêutica de manutenção deve ser efetuada durante 3 meses ou mais, para diminuir a possibilidade de
uma recaída.

Utilização em crianças e adolescentes: ADT não é recomendado para o tratamento da depressão em
crianças e adolescentes com menos de 18 anos de idade.

Posologia na enurese

Crianças dos 6 aos 10 anos: A dose deverá ser ajustada de acordo com o peso e a idade, podendo dar-se 10
a 20 mg diários.

Crianças dos 11 aos 16 anos: pode ser necessária uma dose entre 25 e 50 mg diários. A maioria destes
doentes responde nos primeiros dias de tratamento e a tendência é para a intensificação das melhorias
devendo continuar-se o tratamento para conservar a resposta até que se estabeleça o controlo. O tratamento
não deve exceder os 3 meses.
As doses de amitriptilina recomendadas no tratamento da enurese são baixas comparadas com as usadas no
tratamento da depressão, mesmo que se atenda às diferenças de idade e peso.
Nunca se deve exceder a dose recomendada.


Crianças: ADT não é recomendado para o tratamento da enurese em crianças com menos de 6 anos de
idade.

Se tomar mais ADT do que deveria
A sobredosagem com antidepressivos tricíclicos pode provocar disritmias cardíacas, hipotensão grave,
convulsões, depressão do SNC e coma. Alterações no ECG, particularmente no eixo ou amplitude QRS,
são indicadores clinicamente significativos de toxicidade induzida por antidepressivos tricíclicos.

Outros sinais de sobredosagem podem incluir: confusão, perturbações da concentração, alucinações visuais
passageiras, dilatação das pupilas, agitação, hiperreflexia, estupor, sonolência, rigidez muscular, vómitos,
hipotermia, hiperpirexia ou qualquer uma das reações adversas referidas na secção Efeitos indesejáveis
possíveis.

O tratamento é sintomático e de suporte.

Deve ser efetuado um ECG e proceder-se imediatamente à monitorização cuidadosa da função cardíaca.
Deve-se manter a via aérea permeável, estabelecer uma linha intravenosa e iniciar a descontaminação
gástrica. É necessário um mínimo de 6 horas de observação com monitorização cardíaca e observação de
sinais de depressão do SNC ou depressão respiratória: hipotensão, disritmias cardíacas, bloqueios da
condução e convulsões.
Caso ocorram sinais de toxicidade durante este período, é necessário prolongar a monitorização. Existem
relatos de casos de doentes com arritmias fatais após sobredosagem; estes doentes tinham evidências
clínicas de envenenamento significativo antes da morte, e a maioria recebeu descontaminação
gastrointestinal inadequada.
A monitorização dos níveis plasmáticos do fármaco não deve servir de guia para o tratamento do doente.

Descontaminação gastrointestinal: deve ser efetuada em todos os doentes com suspeita de sobredosagem.
Deve incluir lavagem gástrica de grande volume seguida da administração de carvão ativado. Se existir
perturbação do estado de consciência, deve manter-se a via aérea desobstruída. A emese está
contraindicada.

Cardiovascular: uma duração máxima do complexo QRS na derivação dos membros inferiores de ? 0,10
segundos pode ser o melhor indicador da gravidade da sobredosagem. Para manter o pH sérico entre 7,45-
7,55 deve-se utilizar bicarbonato de sódio I.V. Se a resposta for inadequada, pode-se utilizar também a
hiperventilação. A sua utilização concomitante deve ser efetuada com precaução extrema e deve-se
monitorizar frequentemente o pH. Não é desejável um pH > 7,60 ou uma pCO2 < 20 mmHg. As disritmias
que não respondem a esta terapêutica podem responder à lidocaína, bretílio ou fenitoína. Os antiarrítmicos
do tipo 1A e 1C (ex. quinidina, disopiramida, procainamida) estão geralmente contraindicados.
Em casos raros, a hemoperfusão pode ser benéfica na instabilidade cardiovascular aguda refratária em
doentes com toxicidade aguda. No entanto, a hemodiálise, diálise peritoneal, exasanguíneo-transfusões e a
diurese forçada têm sido geralmente relatadas como ineficazes no envenenamento por antidepressivos
tricíclicos.

SNC: em doentes com depressão do SNC é aconselhável a entubação precoce devido ao potencial de
deterioração abrupta. As convulsões devem ser controladas com benzodiazepinas ou, caso estas sejam
ineficazes, com outros anticonvulsivantes (ex. fenobarbital, fenitoína). A fisiostigmina só é recomendada
em situações potencialmente fatais que não respondem a outras terapêuticas e após consulta ao CIAV.

Acompanhamento psiquiátrico: dado que a sobredosagem é frequentemente intencional, os doentes podem
tentar o suicídio por outros meios durante a fase de recuperação, pelo que é aconselhável o
acompanhamento psiquiátrico.

Caso se tenha esquecido de tomar ADT
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.


Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.



Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos indesejáveis, embora estes não se
manifestam em todas as pessoas.

A maioria dos efeitos indesejáveis da amitriptilina é similar aos dos antidepressivos tricíclicos e resultam
da sua ação antimuscarínica.

- Doenças do sangue e do sistema linfático: depressão da medula óssea, agranulocitose, leucopenia,
eosinofilia, púrpura, trombocitopenia.

- Doenças endócrinas: síndroma de secreção inadequada de ADH

- Doenças do metabolismo e nutrição: alterações da glicémia, aumento do apetite, anorexia.

- Perturbações do foro psiquiátrico: confusão, delírio, perturbações da concentração, desorientação, ilusões,
alucinações, hipomania, mania, excitação, ansiedade, agitação, insónia, pesadelos, diminuição da líbido.
Foram notificados casos de ideação/comportamento suicida durante o tratamento com ADT ou
imediatamente após a sua descontinuação (ver secção 2). A frequência não é conhecida.

- Doenças do sistema nervoso: insensibilidade, formigueiro, parestesias das extremidades, neuropatia
periférica, descoordenação, ataxia, tremores, coma, convulsões, alterações dos padrões do EEG, disartria,
tonturas, sonolência, cefaleias, perturbações da concentração, fraqueza, desorientação, delírio, agitação,
sintomas extrapiramidais incluindo movimentos involuntários anormais e disquinésia tardia.

- Afeções oculares: olho seco, visão turva, perturbações da acom odação, aumento da pressão intraocular,
midríase.

- Afeções do ouvido e do labirinto: zumbidos.

- Cardiopatias: síncope, taquicardia, palpitações, enfarte do miocárdio, arritmias, bloqueio cardíaco.

- Vasculopatias: hipotensão, hipotensão ortostática, hipertensão, acidente vascular cerebral.

- Doenças gastrointestinais: náuseas, mal-estar epigástrico, vómitos, estomatite, alteração do sabor, diarreia,
tumefação das parótidas, língua preta, xerostomia, obstipação, íleus paralítico.

- Afeções hepatobiliares: raramente têm ocorrido casos de hepatite, incluindo alterações da função hepática
e icterícia.

- Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: aumento da sudorese, rash, urticaria, edema da face e da
língua, alopecia, fotossensibilidade, prurido.

- Doenças renais e urinárias: retenção urinária, frequência urinária.

- Doenças dos órgãos genitais e da mama: tumefação testicular, ginecomastia, aumento do volume da
mama, galactorreia, aumento ou diminuição da líbido, impotência, disfunção sexual.

- Perturbações gerais e alterações no local de administração: fadiga, hipertermia.

- Exames complementares e de diagnóstico: perda ponderal, aumento ponderal, prolongamento QT no
eletrocardiograma (frequente).



Na enurese: os efeitos indesejáveis mais frequentes são sonolência e efeitos anticolinérgicos. Outros efeitos
menos frequentes incluem sudação moderada e prurido.

Foi observado um risco aumentado de fraturas ósseas em doentes a tomar este tipo de medicamentos.

Comunicação de efeitos indesejáveis
Se tiver quaisquer efeitos indesejáveis, incluindo possíveis efeitos indesejáveis não indicados neste folheto,
fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá comunicar efeitos indesejáveis diretamente ao
INFARMED, I.P., através dos contactos abaixo. Ao comunicar efeitos indesejáveis, estará a ajudar a
fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.

Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
(preferencialmente) ou através dos seguintes contactos:
Direção de gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
E-mail: [email protected]



Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.

Não conservar acima de 25ºC.
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz.

Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem exterior, após "EXP". O
prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Não utilize este medicamento se verificar qualquer sinal visível de deterioração.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico
com o deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.



Qual a composição de ADT

- A substância ativa é o cloridrato de amitriptilina. Cada comprimido revestido de ADT 10 mg contém 10
mg de cloridrato de amitriptilina, cada comprimido revestido de ADT 25 mg contém 25 mg de cloridrato de
amitriptilina e cada comprimido revestido de ADT 75 mg contém 75 mg de cloridrato de amitriptilina.

- Os outros componentes são:
ADT 10 mg: hidrogenofosfato de cálcio di-hidratado, carboximetilamido sódico, talco, macrogol 6000,
estearato de magnésio, opadry OY-30924 azul e indigotina (E 132).

ADT 25 mg e 75 mg: hidrogenofosfato de cálcio di-hidratado, carboximetilamido sódico, talco, macrogol
6000, estearato de magnésio, opadry OY-22929 amarelo e tartrazina (E 102).

Qual o aspeto de ADT e conteúdo da embalagem


Comprimidos embalados em blisters de PVC/Alumínio.
Embalagens de 10, 20 e 60 comprimidos revestidos (10 mg) e embalagens de 20 e 60 comprimidos
revestidos (25 mg e 75 mg).

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado

Generis Farmacêutica, S.A.
Rua João de Deus, 19
2700-487 Amadora
Portugal

Fabricante

Generis Farmacêutica, S.A.
Rua João de Deus, 19
2700-487 Amadora
Portugal

APL Swift Services (Malta) Ltd
HF26, Hal Far Industrial Estate, Hal Far
Birzebbugia, BBG 3000
Malta

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Fonte da informação: última versão disponibilizada no site do Infarmed. Não invalida a leitura do folheto informativo contido no interior da embalagem. Em caso de dúvida ou de persistência dos sintomas consulte o seu médico ou os nossos farmacêuticos

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