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ANEXO I
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
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Este medicamento está sujeito a monitorização adicional. Isto irá permitir a rápida identificação de nova
informação de segurança. Pede- se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações
adversas. Para saber como notificar reações adversas, ver secção 4.8.
ANORO ELLIPTA 55 microgramas/22 microgramas pó para inalação em recipiente unidose
C ada inalação disponibiliza uma dose administrada (a dose libertada pelo aplicador b ocal) de 65
microgramas de brometo de umeclidínio equivalente a 55 microgramas de umeclidínio e 22 microgramas de
vilanterol (como trifenatato). Isto corresponde a um recipi ente unidose de 74,2 microgramas de brometo de
umeclidínio equivalente a 62,5 microgramas de umeclidínio e 25 microgramas de vilanterol (como
trifenatato).
Excipiente com efeito conhecido
Cada dose administrada contém aproximadamente 25 mg de lactose ( na forma mono- hidratada).
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
Pó para inalação em recipiente unidose (pó para inalação).
Pó branco num inalador cinzento claro (ELLIPTA) com a tampa do aplicador b ocal vermelha e um contado r
de doses.
4.1 Indicações terapêuticas
ANORO ELLIPTA está indicado como tratamento broncodilatador de manutenção para aliviar os sintomas
em doentes adultos com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC).
4.2 Posologia e modo d e administração
Posologia
Adultos
A dose recomendada é uma inalação de ANORO ELLIPTA 55/22 microgramas uma vez por dia.
ANORO ELLIPTA deve se r administrado à mesma hora do dia todos os dias para manter a broncodilatação.
A dose máxima é uma inalação d e ANORO ELLIPTA 55/22 microgramas uma vez por dia.
Populações especiais
Doentes idosos
Não é necessário ajustar a dose em doentes com mais de 65 anos.
Compromisso renal
Não é necessário ajustar a dose em doentes com compromisso renal.
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Compromisso hepát ico
Não é necessário ajustar a dose em doentes com compromisso hepátic o ligeiro a moderado. A utilização de
ANORO ELLIPTA não foi estudada em doentes com compromisso hepático grave e deve ser utilizado com
precaução.
População pediátrica
Não existe utiliz ação relevante de ANORO ELLIPTA na população pediátrica (com menos de 18 anos de
idade) para a indicação de DPOC.
Modo de administração
ANORO ELLIPTA destina -se apenas a administração por via inalatória.
As seguintes instruções para o inalador de 30 doses (quantidade para 30 dias) também se aplicam ao inalador
de 7 doses (quantidade para 7 dias) .
O inalador ELLIPTA contém um recipiente unidose e está pronto a utilizar.
O inalador está embalado numa bandeja contendo uma saqueta dessecante para reduzir a humidade. A
saqueta dessecante deve ser eliminada e não deve ser aberta, ingerida nem inalada. O doente deve ser
alertado para não abrir a bandeja até que esteja pronto para inalar uma dose.
O inalador estará na posição ‘fechado’ quando é retirado pela primeira vez da bandeja selada. A data
“Eliminar em” deve ser escrita no rótulo do inalador no espaço disponibilizado. A data “Eliminar em” é de 6
semanas a partir da data de abertura da bandeja. Após esta data o inalador não deve ser mais utilizado. A
bandeja pode ser eliminada após a primeira abertura.
Se a tampa do inalador for aberta e fechada sem inalar o medicamento, perder -se -á uma dose. A dose perdida
irá manter -se segura no interior do inalador, mas deixará de estar disponível para ser inalada.
N ão é possível tomar acidentalmente medicamento extra ou uma dose a dobrar numa inalação.
Instruções para utilização:
a) Preparar a dose
Abrir a tampa quando estiver pronto para inalar a dose. O inalador não deve ser agitado.
Deslizar a tampa para baixo até ouvir um “clique”. O medicamento está agora pronto para ser inalado.
O contador de doses conta menos 1 dose para confirmar. Se o contador de doses não contar menos 1 quando
ouvir o “clique”, o inalador não irá fornecer a dose e deve ser levado de vol ta a um farmacêutico para
aconselhamento .
b) Como inalar o medicamento
O inalador deve ser segurado longe da boca expirando tanto quanto seja confortável. Mas n ão expirar para
dentro do inalador.
O aplicador b ocal deve ser colocado entre os lábios e os lábios devem depois ser firmemente fechados à
volta dele. Os ventiladores não devem ser bloqueados com os dedos durante a utilização.
• Respirar fundo uma vez, de forma estável e prolongada. Est a respiração deve ser sustida durante o
tempo que for possível (pelo menos 3–4 segundos).
• Remover o inalador da boca.
4
• Expirar lenta e suavemente.
Pode não ser possível provar ou sentir o medicamento, mesmo que esteja a utilizar o inalador corretamente.
O aplicador bocal do inalador pode ser limpo utilizando um lenço de papel seco antes de fechar a tampa.
c) Fechar o inalador
Deslizar a tampa para cima até onde ela for para cobrir o aplicador b ocal.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer um dos excipientes mencionados na secção 6.1.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Asma
Umeclidínio/vilanterol não deve ser utilizado em doentes com asma uma vez que não foi estudado nesta
população de doentes.
Broncospasmo paradoxal
A administração de umeclidínio/vilanterol pode produzir broncospasmo paradoxal que pode colocar a vida
em risco . O tratamento com umeclidínio/vilanterol deve ser suspenso imediatamente se ocorrer
broncospasmo paradoxal e uma terapêutica alternativa instituída conforme o necessário.
Não se destin a a utilização aguda
Umeclidínio/vilanterol não está indicado para o tratamento de episódios agudos de broncospasmo.
Deterioração da doença
O aumento da utilização de broncodilatadores de curta duração de ação para al ívio dos sintomas indica
deterioração do controlo. Na eventualidade de deterioração d a DPOC durante o tratamento com
umeclidínio/vilanterol, deve realizar -se uma reavaliação ao doente e ao regime de tratamento da DPOC.
Efeitos cardiovasculares
Podem ser vistos efeitos cardiovasculares, tais como arritmias cardíacas por ex., fibrilhação auricular e
taquicardia, após a administração de antagonistas do s recetor es muscarínico s e simpaticomiméticos,
incluindo umeclidínio/vilanterol. Os doentes com doença cardiovascular significativa não controlada
clinicamente foram excluídos d os estudos clínicos. Como tal, umeclidínio/vilanterol deve ser utilizado com
precaução em doentes com doença cardiovascular grave.
Atividade antimuscarínica
Umeclidínio/vilanterol deve ser utilizado com precaução em doentes com retenção urinária ou com glaucoma
de ângulo fechado, de forma c onsistente com a sua atividade antimuscarínica.
Hipocaliemia
Os agonistas beta 2 adrenérgicos podem produzir hipocaliemia significativa em alguns doentes, que tem o
potencial para produzir efeitos adversos cardiovasculares. A diminuição no potássio sérico é normalmente
transitória, não necessitando de suplementação.
Não foram observados efeitos clinicamente relevantes de hipocaliemia em estudos clínicos com
umeclidínio /vilanterol na dose t erapêutica recomendada. Deve tomar -se precaução quando
umeclidínio/vilanterol é utilizado com outros medicamentos que também têm o potencial para causar
hipocaliemia (ver secção 4.5).
Hiperglicemia
Os agonistas beta 2 adrenérgicos podem produzir hiperglice mia transitória em alguns doentes.
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Não foram observados efeitos clinicamente relevantes na glucose plasmática em estudos clínicos com
umeclidínio /vilanterol na dose terapêutica recomendada. Após o início do tratamento com
umeclidínio /vilanterol, a glucose plasmática deve ser cuidadosamente monitorizada em doentes diabéticos.
Condições coexistentes
Umeclidínio/vilanterol deve ser utilizado com precaução em doentes com perturbações convulsivas ou
tirotoxicose e em doentes que respondem invulgarmente a agonistas beta
2 adrenérgicos.
Excipientes
Este medicamento contém lactose. Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose,
deficiência total de lactase ou malabsorção de glucose- galactose não devem utilizar este medicamento.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Bloqueadores beta -adrenérgicos
Medicamentos contendo bloqueadores beta -adrenérgicos podem enfraquecer ou antagonizar o efeito dos
agonistas beta
2 adrenérgicos , como vilanterol. O uso concomitante de bloquead ores beta-adrenérgicos
seletivos ou não-seletivos deve ser evitado a não ser que existam razões de força maior para a sua utilização.
Interações metabólicas e de transportadores
O vilanterol é um substrato do citocromo P450 3A4 (CYP3A4). A administração concomitante de inibidores
potentes do CYP3A4 (por ex., cetoconazol, claritromicina, itraconazol, ritonavir, telitromicina) pode inibir o
metabolismo d o, e aumentar a exposição sistémica ao, vilanterol. A administração concomitante com
cetoconazol (400 mg) em voluntários saudáveis aumentou a AUC
(0-t) e a C max médias do vilanterol em 65% e
22%, respetivamente. O aumento na exposição do vilanterol não foi associado com um aumento nos efeitos
sistémicos relacionados com o agonista be ta-adrenérgico na frequênci a cardíaca, no potássio sanguíneo ou
no intervalo QT (corrigido utilizando o método Fridericia). Aconselha- se precaução quando se administra
concomitante mente umeclidínio/vilanterol com cetoconazol e outros inibidores potentes conhecidos do
CYP3A4 , uma vez que existe potencial para uma exposição sistémica aumentada ao vilanterol, o que pode
levar a um aumento no potencial para reações adversas. Verapamil, um inibidor moderado do CYP3A4, não
afetou significativamente a farmacocinética do vilanterol.
O u mecl idínio é um substrato do citocromo P450 2D6 (CYP2D6). A farmacocinética em estado estacionário
do umeclidínio foi avaliada em vo luntários saudáveis sem CYP2D6 ( metabolizadores pobres). Não foi
observado nenhum efeito na AUC ou na C
max do umeclidínio com um a dose 8 vezes mais elevada. Foi
observado u m aumento de aproximadamente 1,3 vezes na AUC do umeclidínio com uma dose 16 vezes
superior sem nenhum efeito na C
max do umeclidínio. Com base na magnitude destas alterações, não se espera
nenhuma interação medic amentosa clinicamente relevante quando umeclidínio/vilanterol é administrado
concomitante mente com inibidores do CYP2D6 ou quando se administra a doentes geneticamente
deficientes na atividade do CYP2D6 (metabolizadores pobres).
Tanto o umeclidínio como o vilanterol são substratos do transportador da glicoproteína P (gp-P). O efeito do
inibidor moderado da gp -P verapamil (240 mg uma vez por dia) , foi avaliado na farmacocinética em estado
estacionário do umeclidínio e do vilanterol, em voluntários saudáveis . Não foi observado nenhum efeito do
verapamil na C
max do umeclidínio ou do vilanterol. Foi observado um aumento de aproximadamente 1,4
vezes na AUC do umeclidínio, sem nenhum efeito na AUC do vilanterol. Com base na magnitude destas
alterações, não se esp era nenhuma interação medicamentosa clinicamente relevante quando
umeclidínio/vilanterol é administrado concomitante mente com inibidores da gp- P.
Outros antimu scarínicos e simpaticomiméticos
A administração concomitante de umeclidínio/vilanterol com outro s antagonistas muscarínicos de ação
prolongada , agonistas beta
2 adrenérgicos de ação prolongada ou medicamentos que contenham qualquer um
destes agentes, não foi estudada e não é recomendada uma vez que pode potenciar reações adversas
conhecidas do antagon ista muscarínico ou do agonista beta
2 adrenérgico inalado (ver secções 4.4 e 4.9).
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Hipocaliemia
O tratamento hipocaliémico concomitante com derivados da metilxantina, esteroides ou diuréticos não -
poupadores de potássio pode potenciar o possível efeito hipocaliémico dos agonistas beta
2 adrenérgicos , pelo
que deve ser usado com precaução (ver secção 4.4).
Outros medicamentos para a DPOC
Embora não tenham sido realizados estudos formais de interação medicamentosa in vivo,
umeclidínio/vilanterol para inalação tem sido utilizado concomitantemente com outros medicamentos para a
DPOC incluindo broncodilatadores simpaticomiméticos de curta duração de ação e corticosteroides para
inalação sem evidência clínica de interações medicamentosas.
4.6 Fertilidade, gravide z e aleitamento
Gravidez
A quantidade de dados sobre a utilização de umeclidínio/vilanterol em mulheres grávidas, é inexistente. Os
estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva em exposições que não são clinicamente relevantes
após a administração de vilanterol (ver secção 5.3).
Umeclidínio/vilanterol só deve ser utilizado durante a gravidez apenas se o benefício esperado para a mãe
justificar o potencial risco para o feto.
Amamentação
Desconhece-se se o umeclidínio ou o vilanterol são excretados no leite humano. Contudo, outros agonistas
beta
2 adrenérgicos são detetados no leite materno. Não pode ser excluído qualquer risco para os recém -
nascidos/lactentes. Tem que ser tomada uma decisão sobre a suspensão da amamentaç ão ou a suspensão da
terapêuti ca com u meclidínio/vilanterol tendo em conta o benefício da amamentação para a criança e o
benefício da terapêutica para a mulher.
Fertilidade
Não existem dados sobre os efeitos de umeclidínio/vilanterol na fertilidade humana. Os e studos em animais
não re velaram qualquer efeito de umeclidínio ou vilanterol na fertilidade.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os efeitos de umeclidínio/vilanterol sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são nulos ou
desprezáveis.
4.8 Efeitos indesejáveis
Resumo do perfil de segurança
A reação adversa mais frequentemente notificada com umeclidínio/vilanterol foi nasofaringite (9%).
Resumo em tabela das reações adversas
O perfil de segurança de ANORO ELLIPTA baseia- se na experiência de segurança com
umeclidínio/vilanterol e nos componentes individuais do programa de desenvolvimento clínico incluindo
6.855 doentes com DPOC e a partir das notificações espontâneas . O programa de desenvolvimento clínico
inclui u 2.354 doentes que receberam u meclidínio/vilanterol uma vez por dia , em estudos clínicos de F ase III
de 24 semanas ou mais, dos quais 1.296 doentes receberam a dose recomendada de 55/22 microgramas em
estudos de 24 semanas, 832 doentes receberam uma dose mais elevada de 113/22 microgra mas em estudos
de 24 semanas e 226 doentes receberam 113/22 microgramas num estudo de 12 meses.
As frequências atribuídas às reações adversas listadas na tabela abaixo incluem taxas de incidência brutas
observadas na integração de cinco estudos de 24 sema nas e no estudo de segurança de 12 meses.
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A frequência de reações adversas é definida utilizando a seguinte convenção: muito frequen tes (?1/10);
frequentes (?1/100, <1/10); pouco frequentes (?1/1.000, <1/100); raros (?1/10.000, <1/1.000); muito raros
(<1/10.000) e desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis).
Classes de Sistemas de
Órgãos
Reaç ões adversa s
Freq uência
Infe ções e infestações Infeção do trato urinário
Sinusite
Nasofaringite
Faringite
Infe??o do trato respirat?rio superior
Frequentes
Frequentes
Frequentes
Frequentes
Frequentes
Doen?as do sistema
imunit?rio
Rea??es de hipersensibilidade incluindo:
Erup??o cut?nea
Anafilaxia, angioedema e urtic?ria
Pouco frequentes
Raros
Doen?as do sistema nervoso Cefaleia
Tremor
Disgeusia
Tonturas
Frequentes
Pouco frequentes
Pouco frequentes
Desconhecido
Afe??es oculares Vis?o turva
Glaucoma
Press?o intraocular a umentada
Raros
Raros
Raros
Doen?as card?acas Fibrilha??o auricular
Taquicardia supraventricular
Ritmo idioventricular
Taquicardia
Extra -s?stoles supraventriculares
Palpita??es
Pouco frequentes
Pouco frequentes
Pouco frequentes
Pouco frequentes
Pouco frequ entes
Pouco frequentes
Doen?as respirat?rias,
tor?cicas e do mediastino
Tosse
Dor orofar?ngea
Disfonia
Broncospasmo paradoxal
Frequentes
Frequentes
Pouco frequentes
Raros
Doen?as gastrointestinais Obstipa??o
Boca seca
Frequentes
Frequentes
Afe??es dos tecidos cut?neos
e subcut?neos
Erup??o cut?nea Pouco frequentes
Doen?as renais e urin?rias Reten??o urin?ria
Dis?ria
Obstru??o da sa?da da bexiga
Raros
Raros
Raros
Notifica??o de suspeitas de rea??es adversas
A notifica??o de suspeitas de rea??es adversas ap?s a autoriza??o do medicamento ? importante, uma vez
que permite uma monitoriza??o cont?nua da rela??o benef?cio -risco do medicamento. Pede -se aos
profissionais de sa?de que notifiquem quaisquer suspeitas de rea??es adversas atrav?s do sistema nacion al de
notifica??o mencionado no Ap?ndice V .
4.9 Sobredosagem
Uma sobredosagem com umeclidínio/vilanterol irá provavelmente produzir sinais e sintomas devido às ações
dos componentes individuais, consistente s com as reações adversas conhecidas dos antagonistas
muscarínicos de inalação (por ex., boca seca, perturbação da acomodação visual e taquicardia) ou aquel as
com sobredosagem de outros agonist as beta
2 adrenérgicos (por ex., arritmias, tremor, cefaleia, palpitações,
náuseas, hiperglicemia e hipocaliemia).
Se ocorrer sobredosagem, o doente deve ser tratado com monitorização de suporte apropriada conforme o
necessário .
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5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Fármacos para as doenças das vias respiratórias obstrutivas, adrenérgicos em
associação com anticolinérgicos incluíndo associações triplas com corticosteroides, código ATC: R03AL03
Mecani smo de ação
Umeclidínio/vilanterol é uma associação de antagonista dos recetor es muscaríni cos de ação
prolongada/agonista beta
2 adrenérgico de ação prolongada (LAMA/LABA) para inalação . Após inalação oral
ambos os compostos atuam localmente nas vias respir atórias para produzir broncodilatação por mecanismos
separados.
Umeclidínio
O umeclidínio é um antagonista dos recetores muscarínicos de ação prolongada (também referido como um
anticolinérgico). É um derivado da quinuclidina com atividade ao longo de múl tiplos subtipos de recetores
muscarínicos . O umeclidínio exerce a sua atividade broncodilatadora inibindo competitivamente a ligação da
acetilcolina com os recetores muscarínicos no músculo liso das vias respiratórias. Demonstra uma
reversibilidade lenta n o subtipo do recetor muscarínico M3 humano in vitro e uma longa duração de ação in
vivo quando administrado diretamente nos pulmões em modelos pré -clínicos.
Vilanterol
O vilanterol é um agonista seletivo dos recetores beta
2 adrenérgico s, de ação prolongada (agonista beta 2
adrenérgico ).
Os efeitos farmacológicos dos agonistas beta
2 adrenérgicos , incluindo o vilanterol, são pelo menos em parte
atribuíveis à estimulação de adenilato ciclase intracelular, a enzima que catalisa a conversão da adenosina
trifosfa to (ATP) em monofosfato 3’5’ de adenilato ciclase (AMP cíclico). O aumento dos níveis de AMP
cíclico causa o relaxamento do músculo liso brônquico e a inibição da libertação de mediadores de
hipersensibilidade imediata de células, especialmente dos mastóci tos.
Efeitos farmacodinâmicos
Em estudos de Fase III, com a duração de 6 meses, umeclidínio/vilanterol forneceu melhorias clinicamente
significativas sobre o placebo na função pulmonar (como medido pelo volume expiratório forçado num
segundo [FEV
1]) duran te 24 horas após uma administração uma vez por dia, que foram evidentes nos 15
minutos após a administração da primeira dose (melhoria sob o placebo de 112 ml (p < 0,001*) . As
melhorias médias do FEV
1 nas primeiras 6 horas após a dose relativamente ao placebo foram de 224 ml
(p<0,001 ?) na Semana 24. Não existe evidência de taquifilaxia no efeito de ANORO ELLIPTA ao longo do
tempo.
Eletrofisiologia cardíaca
O efeito de umeclidínio/vilanterol no intervalo QT foi avaliado num estudo QT controlado com placebo e
com ativo (moxifloxacina) envolvendo uma administração uma vez por dia de 113 /22 microgramas ou
500/100 microgramas de umeclidínio/vilanterol (recipiente unidose com umeclidínio oito vezes a dose
recomendada e vilanterol quatro vez a dose recomendada) durante 10 dias em 103 voluntários saudáveis. A
diferença média máxima nos prolongamentos do intervalo QT (corrigido utilizando o método Fridericia,
QT
cF) do placebo após a correção na linha de base foi de 4,3 (IC 90% = 2,2 a 6,4) milissegundos vista 10
min utos após a administração de 113 /22 microgramas de umeclidínio/vilanterol e 8,2 (IC 90% = 6,2 a 10,2)
milissegundos vista 30 minutos após a administração com 500/100 microgramas de umeclidínio/vilanterol.
Como tal, não foi observado nenhum potencial pró- arrítmico clinicamente relevante relacionado com os
prolongamentos do intervalo QT com 113/22 microgramas de umeclidínio/vilanterol.
? Foi utilizado neste estudo um procedimento de teste estatístico baixo e esta comparação estava abaixo de uma
co mp aração que não atingiu sig nificado estatístico. Como tal, não pode ser inferido um significado estatístico nesta
comparação.
9
Foi também observado um aumento dependente da dose no batimento cardíaco. A diferença média máxima
no batimento cardíaco do placebo após a correção na linha de base foi de 8,4 (IC 90% = 7,0 a 9,8)
batiment os/minuto e 20,3 (IC 90% = 18,9 a 21,7) batimentos/minuto vist a 10 minutos após a administração
de 113 /22 microgramas e 500/100 microgramas de umeclidínio/vilanterol , respetivamente.
Além disso, não foram observados efeitos clini camente significativos no ritmo cardíaco na monitorização de
Holter de 24 horas em 53 doentes com DPOC que receberam 55/22 microgramas de umeclidínio/vilanterol,
uma vez por dia , num estudo de 6 meses, ou em 55 doentes que receberam 113/22 microgramas de
umeclidínio/vilanterol, uma vez por dia, noutro estudo de 6 meses e em 226 doentes que receberam 113/22
microgramas , uma vez por dia , no estudo de 12 meses .
Eficácia clínica e segurança
A eficácia clín ica de umeclidínio/vilanterol administrado uma vez por dia fo i avaliada em oito estudos
clínicos de Fase III em 6.835 doentes adultos com um diagnóstico clínico de DPOC; 5.618 doentes de cinco
estudos de 6 meses (dois controlados com placebo e três control ados com o comparador ativo [ tiotrópio]),
655 doentes de dois estudos de 3 meses da função pulmonar/resistência ao exercício e 562 doentes de um
estudo de suporte de 12 meses.
Efeitos na função pulmonar
ANORO ELLIPTA demonstrou melhorias na função pulmona r (como definidas pela alteração desde a linha
de base no FEV
1 vale) em vários estudos . Num estudo de Fase III de 6 meses, ANORO ELLIPTA
demonstrou melhorias estatisticamente significativas no FEV
1 vale (objetivo de eficácia primário) na Semana
24 quando c omparado com o placebo e cada componente nos braços de tratamento em monoterapia.
Adicionalmente, ANORO ELLIPTA demonstrou melhorias clinicamente relevantes e estatisticamente
significativas no FEV
1 vale comparado com o tiotrópio em dois dos três estudos de 6 meses com comparador
ativo e melhorias numericamente superiores do tiotrópio no terceiro estudo com comparador ativo (ver
Tabela 1). Não houve atenuação do efeito do broncodilatador ao longo do tempo.
Resultados sintomáticos
Falta de ar:
ANORO ELLIPTA demonstrou uma redução estatisticamente significativa e clinicamente relevante na falta
de ar como avaliada por um aumento na pontuação de TDI focal na Semana 24 (objetivo de eficácia
secundário chave) comparado com o placebo ( ver Tabela 1). As melhorias na pontuação de TDI focal
comparad as com cada componente em monoterapia e tiotrópio não foram estatisticamente significativas (ver
Tabela 1).
A proporção de doentes que respondeu com pelo menos a diferença mínima clinicamente significativa
(DMCS) de 1 uni dade na pontuação de TDI focal na Semana 24 foi superior para ANORO ELLIPTA (58%)
comparado com o placebo (41%) e cada componente em monoterapia (53% para o umeclidínio e 51% para o
vilanterol).
Qualidade de vida relacionada com a s aúde:
ANORO ELLIPTA ta mbém demonstrou uma melhoria na qualidade de vida relacionada com a saúde
avaliada usando o St. George’s Respiratory Questionnaire (SGRQ) como indicado por uma redução na
pontuação total do SGRQ à Semana 24 comparado com placebo e cada componente em monote rapia (ver
Tabela 1). ANORO ELLIPTA demonstrou uma redução estatisticamente significativa na pontuação total do
SGRQ comparado com o tiotrópio em um dos três estudos com comparador ativo (ver Tabela 1).
A proporção de doentes que respondeu com pelo menos a DMCS na pontuação do SGRQ (definida como
uma diminuição de 4 unidades desde a linha de base) na Semana 24 foi superior para ANORO ELLIPTA
(49%) comparado com o placebo (34%) e cada componente em monoterapia (44% para o umeclidínio e 48%
para o vilanterol ). Num estudo com comparador ativo, uma maior percentagem de doentes a receber
ANORO ELLIPTA respondeu com uma melhoria clinicamente significativa na pontuação do SGRQ na
Semana 24 (53%) comparado com o tiotrópio (46%). Nos outros dois estudos com comparad or ativo, uma
proporção semelhante de doentes atingiu pelo menos a DMCS com ANORO ELLIPTA e tiotrópio ; 49% e
10
54% para ANORO ELLIPTA 55/22 microgramas e 52% e 55% para tiotrópio.
Utilização de medicação de emergência
ANORO ELLIPTA reduziu o uso de medicação de emergência com salbutamol ao longo das Semanas 1- 24
comparado com placebo e umeclidínio (ver Tabela 1) e demonstrou, desde a linha de base, um aumento na
proporção de dias em que não foi necessária nenhuma medicação de emergência (em média 11 ,1%)
comp arado com um decréscimo desde a linha de base com o placebo (em média 0,9%).
Nos três estudos de 6 meses controlados com comparador ativo, ANORO ELLIPTA reduziu a utilização de
medicação de emergência com salbutamol comparado com tiotrópio, com reduções e statisticamente
significativas observadas em dois dos estudos (ver Tabela 1). ANORO ELLIPTA também demonstrou, desde
a linha de base, um maior aumento da proporç ão de dias nos quais não foi necessária nenhuma medicação de
emergência em todos os três estudos (média dentro do intervalo 17,6% a 21,5%) comparado com tiotrópio
(média dentro do intervalo 11,7% a 13,4%).
11
Tabela 1. Resultados da função pulmonar, da qualidade de vida relacionada com a saúde e sintomática
na Semana 24
Comparações do
tratamento com
ANORO ELLIPTA
55/22 mcg
Diferença de tratamento 1 (intervalos de confiança de 95%, valor de p)
FEV 1 vale (ml) Pontuação de TDI
focal
Pontuação total do
SGRQ
Utilização de
medicação de
emergência 3
ANORO ELLIPTA (N =
413)
versus
Placebo (N = 280)
167
(128, 207)
<0 ,001 1,2
(0,7, 1,7)
<0 ,001 -
5,51
( -7,88, - 3,13)
<0 ,001
? -
0,8
( -1,3, - 0,3)
0,001 *
ANORO ELLIPTA (N =
413)
versus
Umeclid?ni o 55 mcg
(N = 418)
52
(17, 87)
0,004 0,3
( -0,2, 0,7)
0,244 -
0,82
( -2,90, 1,27)
0,441 -
0,6
( -1,0, - 0,1)
0,014
*
ANORO ELLIP TA (N =
413)
versus
Vilanterol 22 mcg
(N = 421)
95
(60, 130)
<0 ,001 0,4
( -0,1, 0,8)
0,117 -
0,32
( -2,41, 1,78)
0,767 0,1
( -0,3, 0,5)
0,675
ANORO ELLIPTA
(N = 454)
versus
tiotr?pio 18 mcg
(N = 451)
(Estudo ZEP117115)
112
(81, 144)
<0,001 n/
a -
2,10
( -3,61, - 0,59)
0,006 -
0,5
( -0,7, - 0,2)
<0 ,001
ANORO ELLIPTA
(N = 207)
versus
tiotr?pio 18 mcg
(N = 203)
(Estudo DB2113360)
90
(39, 141)
<0,001
0,1
2
(-0,4, 0,5)
0,817 0,75
( -2,12, 3,63)
0,607 -
0,7
( -1,2, - 0,1)
0,022 ANORO ELLIPTA
(N = 217)
versus
tiotr?pio 18 mcg
(N = 215)
(Estudo DB2113374)
60
(10, 109)
0,018
* -
0,17
( -2,85, 2,52)
0,904 -
0,6
( -1,2, 0,0)
0,069
N = n?mero na popula??o com inten??o de tratar
mcg = microgramas
n/ a = n?o avaliado