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ANEXO I
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
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AVAMYS 27,5 microgramas/pulverização, suspensão para pulverização nasal
Cada pulverização contém 27,5 micrograma s de furoato de fluticasona.
Excipientes com efeito conhecido:
Uma pulverização contém 8,25 microgramas de cloreto de benzalcónio.
Lista completa de excipientes, ver s ecção 6.1.
Suspensão para pulverização nasal.
Suspensão bran ca.
4.1 Indicações terapêuticas
Avamys é indicado em adultos, adolescentes e crianças ( idade igual ou superior a 6 anos).
Avamys é indicado no tratamento de sintomas da rinite alérgica.
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Adultos e adolescentes (maiores de 12 anos)
A dose inicial recomendada são duas pulverizações (27,5 microgramas de furoato de fluticasona por
pulverização) em cada narina uma vez por dia (dose diária total, 110 microgramas).
Uma vez obtido o con trolo adequado dos sintomas, a redução da dose para uma pulverização em cada
narina (dose total diária, 55 microgramas) poderá ser efetiva para manutenção.
A dose deve ser titulada para a menor dose em que é mantido o controlo efetivo dos sintomas.
Crian ças (6 a 11 anos de idade)
A dose inicial recomendada é uma pulverização (27,5 microgramas de furoato de fluticasona por
pulverização) em cada narina uma vez por dia (dose diária total, 55 microgramas).
Os doentes que não respondam adequadamente a uma pul verização em cada narina uma vez por dia
(dose total diária, 55 microgramas) poderão fazer duas pulverizações em cada narina uma vez por dia
(dose total diária, 110 microgramas). Uma vez obtido o controlo adequado dos sintomas,
recomenda -se reduzir a dose para uma pulverização em cada narina uma vez por dia (dose total diária,
55 microgramas).
Para um completo benefício terapêutico, recomenda -se uma utilização periódica regular. O início de
ação foi observado oito horas após administração inicial. Contudo, podem ser necessários vários dias
de tratamento para obter o máximo benefício, e o doente deve ser informado que os seus sintomas
melhorarão com um uso contínuo e regular (ver secção 5.1). A duração do tratamento deve
restringir -se ao período corresponden te ao da exposição aos alergénios.
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Crianças com idade inferior a 6 anos
A segurança e eficácia de Avamys em crianças com menos de 6 anos de idade não foram ainda
estabelecidas. Os dados atualmente disponíveis encontram -se descritos na secção 5.1 e 5.2, mas não
pode ser feita qualquer recomendação posológica.
Doentes idosos
Não é necessário ajuste da dose nesta população (ver secção 5.2).
Compromisso renal
Não é necessário ajuste da dose nesta população (ver secção 5.2).
Compromisso hepático
Não é nec essário ajuste da dose em doentes com compromisso hepático (ver secção 5.2).
Modo de administração
Avamys destina -se apenas a uso nasal.
O dispositivo intranasal deve ser agitado antes de utilizar. Para atuar o dispositivo, segurá lo direito e
pressiona r o botão libertador da névoa aproximadamente seis vezes (até se observar uma névoa
homogénea). Só é necessário voltar a preparar o dispositivo (aproximadamente 6 pulverizações até se
observar uma névoa homogénea) se a cápsula de fecho estiver retirada dur ante 5 dias ou se o
pulverizador nasal não tiver sido utilizado por mais de 30 dias.
Após cada utilização, limpar o dispositivo e repor a cápsula de fecho.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes menci onados na secção 6.1.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Efeitos sistémicos dos corticosteroides
Podem ocorrer efeitos sistémicos com os corticosteroides nasais, particularmente se são prescritas
doses elevadas por períodos de tempo prolongados. Estes efeitos são muito menos prováveis de
ocorrer do que com corticoesteróides orais e podem variar entre doentes e entre os diferentes
corticosteroides. Os potenciais efeitos sistémicos podem incluir, síndrome de Cushing, manifestações
Cush ingóides, supressão adrenal, atraso do crescimento em crianças e adolescentes, cataratas,
glaucoma e, mais raramente, uma série de efeitos psicológicos ou comportamentais, incluindo
hiperatividade psicomotora, distúrbios do sono, ansiedade, depressão ou ag ressividade
(particularmente em crianças).
O tratamento com doses de corticosteroides nasais superiores às recomendadas pode resultar em
depressão da função suprarrenal clinicamente significativa. Se houver evidência de utilização de doses
superiores às r ecomendadas, então deverá considerar -se a administração adicional de corticosteroides
sistémicos durante períodos de stress ou cirurgia eletiva. A dose de 110 microgramas de furoato de
fluticasona uma vez por dia não foi associada à supressão do eixo Hipot álamo -Hipofisário -Adrenal
(HPA) nos adultos, adolescentes ou crianças. Contudo, a dose de furoato de fluticasona intranasal deve
ser reduzida para a dose mais baixa para a qual é mantido um controlo efetivo dos sintomas da rinite.
Tal como todos os cortico steroides intranasais, a sobrecarga sistémica total de corticosteroides deve
ser considerada sempre que outras formas de terapêutica corticosteroide sejam prescritas
concomitantemente.
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Se houver alguma razão para suspeitar de compromisso da função suprar renal, deve tomar -se
precaução ao transferir um doente sob tratamento com esteroides sistémicos para furoato de
fluticasona.
Perturbações visuais
Podem ser notificadas perturbações visuais com o uso sistémico e tópico de corticosteroides. Se um
doente a presentar sintomas tais como visão turva ou outras perturbações visuais, o doente deve ser
considerado para encaminhamento para um oftalmologista para avaliação de possíveis causas que
podem incluir cataratas, glaucoma ou doenças raras, como coriorretinopa tia serosa central (CRSC),
que foram notificadas após o uso de corticosteroides sistémicos e tópicos.
Atraso no crescimento
Foi notificado atraso no crescimento em crianças tratadas com corticosteroides nasais nas doses
autorizadas. Observou -se redução n
fluticasona 110 microgramas diariamente durante um ano (ver secção 4.8 e secção 5.1). Assim, as
crianças devem manter a dose eficaz mais baixa possível que permita o controlo adequado dos
sint omas (ver secção 4.2). Recomenda -se a monitorização regular do crescimento das crianças em
tratamento prolongado com corticosteroides nasais. Se o crescimento for retardado, a terapêutica deve
ser revista com o objetivo de reduzir , se possível , a dose de c orticosteroide nasal, para a dose mais
baixa para a qual é mantido o controlo efetivo dos sintomas. Além disso, deverá considerar -se referir o
doente a um pediatra (ver secção 5.1).
Doentes a tomar ritonavir
Não se recomenda a administração concomitante com ritonavir devido ao risco de aumento de
exposição sistémica do furoato de fluticasona (ver secção 4.5).
Excipientes
Este medicamento contém cloreto de benzalcónio. O uso prolongado pode causar edema da mucosa
nasal.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Interação com inibidores CYP3A4
O furoato de fluticasona é rapidamente eliminado por extenso efeito metabólico de primeira passagem
mediado pelo citocromo P450 3A4.
Com base em dados de outro glucocorticoide (propionato de fl uticasona), metabolizado pelo CYP3A4,
não se recomenda a administração concomitante com ritonavir devido ao risco de aumento da
exposição sistémica do furoato de fluticasona.
Recomenda -se precaução quando se administra concomitantemente furoato de flutica sona com
inibidores potentes do CYP3A4 , incluindo medicamentos que contêm cobicistato , uma vez que é
expectável um aumento do risco de efeitos secundários sistémic os. A associação deve ser evitada a
menos que o benefício supere o risco aumentado de efeitos secundários sistémicos dos
corticosteroides, deven do, neste caso, os doentes ser monitorizados relativamente a estes efeitos. Num
estudo de interação medicamentosa do furoato de fluticasona intranasal com o cetoconazol, um
potente inibidor do CYP3A4, houv e mais indivíduos com concentrações mensuráveis de furoato de
fluticasona no grupo cetoconazol (6 de 20 indivíduos) comparativamente ao placebo (1 em 20
indivíduos). Este pequeno aumento na exposição não resultou numa diferença estatisticamente
significati va nas concentrações séricas de cortisol de 24 horas entre os dois grupos.
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Os dados de indução e inibição enzimática sugerem que não existem bases teóricas para prever
interações metabólicas entre o furoato de fluticasona e o metabolismo de outros compost os mediado
pelo citocromo P450 a doses intranasais clinicamente relevantes. Por esta razão, não foi efetuado
nenhum estudo clínico para investigar as interações do furoato de fluticasona com outros fármacos.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravi dez
Não existem dados suficientes sobre a utilização de furoato de fluticasona na mulher grávida. Nos
estudos em animais, os glucocorticoides demonstraram induzir malformações, incluindo fenda do
palato e atraso do crescimento intrauterino. A relevância d estes dados no ser humano é improvável,
considerando que as doses nasais recomendadas resultam numa exposição sistémica miníma (ver
secção 5.2). O furoato de fluticasona deve ser utilizado na gravidez apenas se os benefícios para a mãe
compensarem os poten ciais riscos para o feto ou criança.
Amamentação
Desconhece -se se o furoato de fluticasona administrado via nasal é excretado no leite materno.
A administração de furoato de fluticasona a mulheres a amamentar deve ser apenas considerada se o
benefício e sperado para a mãe for superior a qualquer possível risco para o lactente.
Fertilidade
Não existem dados de fertilidade em humanos.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os efeitos de Avamys sobre a capacidade de conduzir e utiliza r máquinas são nulos ou desprezíveis.
4.8 Efeitos indesejáveis
Resumo do prefil de segurança
As reações adversas mais frequentemente notificados durante o tratamento com furoato de fluticasona
são epistaxe, ulceração nasal e cefaleia. Os efeitos adverso s mais graves são notificações raras de
reações de hipersensibilidade, incluindo anafilaxia (menos de um caso por 1.000 doentes).
Lista tab elada de reações adversos
Existem mais de 2.700 doentes tratados com furoato de fluticasona em estudos de segurança e eficácia
para a rinite alérgica sa zonal e perene. A exposição pediátrica ao furoato de fluticasona em estudos de
segurança e eficácia para a rinite alérgica sa zonal e perene incluem 243 doentes entre os 12 e <18
anos, 790 doentes entre os 6 e <12 anos e 241 doentes entre os 2 e <6 anos.
Foram utilizados dados de grandes ensaios clínicos para determinar a frequência de reações adversas.
Foi utilizada a seguinte convenção para a classificação das frequências: Muito frequentes ?1/10;
Frequentes ?1/100 , <1/ 10; Pouco Frequentes ?1/1000 , <1/100; Raros ?1/10.000 , <1/1000; Muito raros
?1/10.000 ; desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis).
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Doenças do sistema imunitário
Rar os Reações de hipersensibilidade incluindo
anafilaxia, angiodema , erupção e urticária
Doenças do sistema nervoso
Frequentes Cefaleias
Afeções oculares
Desconhecido Alterações oculares transitórias (ver Eficácia
clínica e segurança ), visão turva (ver também a
secção 4.4)
Doenças respiratórias, torácicas e do media stino
Muito frequentes *Epistaxe
Frequentes Ulceração nasal , dispneia**
Pouco frequentes Rinalgia, desconforto nasal (incluindo ardor
nasal, irritação nasal e fossas nasais doridas),
secura nasal.
Muito raros Perfuração do septo nasal
Desconhecido Br oncospasmo
Afeções Musculoesqueléticas e dos tecidos conjuntivos (Crianças)
Desconhecido ** * Atraso do crescimento (ver Eficácia clínica e
segurança )
Descrição das reações adversas selecionadas
Epistaxe
*A epistaxe foi geralmente ligeira a moderada na intensidade. Em adultos e adolescentes, a incidência
de epistaxe foi maior na utilização de longa duração (mais de 6 semanas) que na utilização de curta
duração (até 6 semanas).
**Foram reportados casos de dispneia em mais de 1% dos doentes durante os en saios clínicos com
furoato de fluticasona; foi observada uma percentagem semelhante nos grupos placebo .
Efeitos sistémicos
Podem ocorrer efeitos sistémicos com os corticosteroides para uso nasal, especialmente quando
prescritos em doses elevadas por perío dos prolongados de tempo (ver secção 4.4). Foi notificado
atraso no crescimento em crianças a utilizar corticoesteróides nasais.
População Pediátrica
A segurança em crianças abaixo dos 6 anos não foi bem estabelecida. A frequência, o tipo e a
gravidade das reações adversas observadas na população pediátrica é semelhante ao observado na
população adulta.
Epistaxe
* Nos estudos clínicos pediátricos com duração a 12 semanas, a incidência de epistaxe foi
semelhante entre doentes a receber furoato de fluti casona e doentes a receber placebo.
Atraso do crescimento
** * Num estudo clínico de um ano para avaliar o crescimento em crianças pré puberdade a receber
110 microgramas de fu roato de fluticasona uma vez por dia, observou -se uma diferença média de -
0,27 c m por ano na velocidade de crescimento no tratamento quando comparado com placebo (ver
Eficácia clínica e segurança ).
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importan te, uma
vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício -risco do medicamento. Pede -se aos
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profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema
nacional de notificação mencionado no Apêndice V .
4.9 Sobredosagem
Num estudo de biodisponibilidade, foram administradas doses intranasais até 2640 microgramas por
dia durante três dias, sem obser vação de reações adversas sistémicas (ver secção 5.2).
Não é provável que a sobredosagem aguda requeira outra terapêutica que não observação.
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Produtos para aplic ação nasal - corticosteroides. Código ATC: R01AD12
Mecanismo de ação:
O furoato de fluticasona é um corticosteroide trifluorinado sintético que possui uma elevada afinidade
para o recetor glucocorticoide e que tem uma potente ação anti -inflamatória.
Efic ácia e segurança clínicas
Rinite Alérgica Sazonal em adultos e adolescentes
Comparativamente a placebo, o pulverizador nasal de furoato de fluticasona 110 microgramas uma
vez por dia, melhorou significativamente os sintomas nasais (compreendendo rinorreia , congestão
vermelhidão dos olhos) em todos os 4 estudos. A eficácia foi mantida durante as 24 horas
interadministração, com uma administração diária.
O iní
melhorias observadas durante vários dias seguidos.
O pulverizador nasal de furoato de fluticasona melhorou significativamente a perceção dos doentes
quanto à resposta g lobal à terapêutica, e quanto à qualidade de vida relacionada com a doença
(Questionário da Qualidade de Vida com Rinoconjutivite – RQLQ), em todos os 4 estudos.
Rinite Alérgica Perene em adultos e adolescentes
O pulverizador nasal de furoato de flutica sona 110 microgramas uma vez por dia melhorou
significativamente os sintomas nasais bem como a perceção dos doentes à resposta global à
O pulverizador nasal de furoato de fluticasona 110 microgramas uma vez por dia melhorou
significativamente os sintomas oculares bem como a qualidade de vida relacionada com a doença
(RQLQ) comparativamente a placebo, num estudo.
A eficácia foi mantida durante 24 horas interadministração com uma administração diária.
Num estudo clínico de dois anos desenhado para avaliar a segurança ocular de furoato de fluticasona
(110 microgramas uma vez por dia pulverização intranasal), adultos e adolescentes com rinite alérgica
perene receberam furoato de fluticasona (n=367) ou p lacebo (n=181). Os primeiros resultados [tempo
para aumentar a opacidade subcapsular posterior (?0,3 do valor inicial do Sistema de Classificação da
Opacidade do Cristalino, Versão III (grau LOCS III)) e tempo para aumentar a pressão intraocular
(IOP; ?7 m mHg do valor inicial)] não foram estatisticamente significativos entre os dois grupos. Os
aumentos na opacidade subcapsular posterior (?0,3 do valor inicial) foram mais frequentes nos
indivíduos tratados com furoato de fluticasona 110 microgramas [14 (4%)] do que nos tratados com
placebo [4 (2%)], sendo de natureza transitória para dez indivíduos no grupo de furoato de fluticasona
e para dois indivíduos no grupo placebo. Os aumentos na IOP (?7 mmHg do valor inicial) foram mais
frequentes nos indivíduos trat ados com furoato de fluticasona 110 microgramas: 7 (2%) para furoato
de fluticasona 110 microgramas uma vez por dia e 1 (<1%) para o placebo. Estes efeitos foram de
natureza transitória para seis indivíduos do grupo de furoato de fluticasona e para um indi víduo do
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grupo placebo. Nas semanas 52 e 104, 95% dos indíviduos em ambos os grupos de tratamento tiveram
valores de opacidade subcapsular posterior com a variação de ± 0,1 dos valores iniciais para cada olho
e, na semana 104 , ?1% dos indivíduos em ambos os grupos de tratamento tiveram um aumento ? 0,3
dos valores iniciais de opacidade subcapsular posterior. Nas semanas 52 e 104, a maioria dos
indivíduos (>95%) obtiveram valores de IOP com a variação de ± 5mmHg do valor inicia l. Os
aumentos na opacidade subscapsular posterior ou IOP não foram acompanhados por nenhum efeito
adverso de cataratas ou glaucoma.
População pediátrica
Rinite alérgica sazonal e perene em crianças
A posologia pediátrica baseia -se na avaliação dos dados de eficácia na população infantil com rinite
alérgica.
Na rinite alérgica sazonal, o pulverizador nasal de furoato de fluticasona 110 microgramas uma vez
por dia foi eficaz mas não foram observadas diferenças significativas entre o pulverizador nasal de
furoato de fluticasona 55 microgramas uma vez por dia e o placebo, em qualquer parâmetro de
avaliação.
Na rinite alérgica perene, o pulverizador nasal de furoato de fluticasona 55 microgramas uma vez por
dia revelou um perfil de eficácia mais consistente qu e o pulverizador nasal de furoato de fluticasona
110 microgramas uma vez por dia, durante 4 semanas de terapêutica. Uma análise posterior durante 6
e 12 semanas no mesmo estudo, bem como um estudo de segurança do eixo HPA de 6 semanas,
apoiou a eficácia do pulverizador nasal de furoato de fluticasona 110 microgramas uma vez por dia.
Um estudo de 6 semanas que avaliou o efeito do pulverizador nasal de furoato de fluticasona
110 microgramas administrado uma vez por dia na função suprarrenal em crianças dos 2 aos 11 anos,
demonstrou não haver nenhum efeito significativo no perfil sérico de cortisol de 24 horas,
comparativamente a placebo.
Um estudo clínico de crescimento, aleatorizado , com dupla ocultação, em grupos paralelos,
multicêntrico, controlado com pla cebo e com a duração de um ano, avaliou o efeito da pulverização
nasal de 110 microgramas de furoato de fluticasona diários na velocidade de crescimento em 474
crianças pré púberes (5 a 7,5 anos de idade para raparigas e 5 a 8,5 anos de idade para rapazes) com
estadiometria. A velocidade média de crescimento durante as 52 semanas de tratamento foi mais baixa
nos doentes a receber furoato de fluticasona (5,19 cm/ano) comparativamente a placebo (5,46 cm/ano).
A diferença média no grupo de tratamento foi -0,27 cm por ano [ IC 95% -0,48 a -0,06].
Rinite alérgica sazonal e perene em crianças (com menos de 6 anos)
Os estudos de segurança e eficácia foram realizados num total de 271 doentes entre os 2 e os 5 anos de
idade, tanto na rinite alérgica sazonal como na p erene, dos quais 176 foram expostos ao furoato de
fluticasona.
A segurança e eficácia neste grupo ainda não foram bem estabelecidas.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
O furoato de fluticasona sofre uma absorção incompleta e um extenso efeito me tabólico de primeira
passagem no fígado e intestino, resultando numa exposição sistémica negligenciável. A administração
microgramas uma vez por dia não resulta, normalmente, em concentrações
plasmáticas mensuráveis ( ?10 pg/ml). A biodisp onibilidade absoluta para o furoato de fluticasona
intranasal é de 0,50%, tal que menos de 1 micrograma de furoato de fluticasona estará sistemicamente
disponível após administração de 110 microgramas (ver secção 4.9).
Distribuição
A ligação do furoato d e fluticasona às proteínas plasmáticas é superior a 99%. O furoato de fluticasona
é extensamente distribu ído com um volume de distribuição médio no estado estacionário de 608 l.
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Biotransformação
O furoato de fluticasona é rapidamente eliminado (depuração plasmática total de 58,7 l/h) da
circulação sistémica, principalmente por metabolismo hepático pela enzima CYP3A4 do citocromo
P450, a um metabolito 17 ?-carboxílico inativo (GW694301X). A principal via de metabolismo foi a
hidrólise da função carbotionato S-fluorometilo para formar o metabolito 17 ? ácido carboxílico.
Estudos in vivo não revelaram evidência da clivagem do grupo funcional furoato para formar
fluticasona.
Eliminação
A eliminação foi principalmente por via fecal após administração oral e int ravenosa, indicativa da
excreção do furoato de fluticasona e dos seus metabolitos através da bílis. Após administração
aproximadamente 1% e 2% da dose administrada por via oral e intravenosa, respetivamente.
População pediátrica
Na maioria dos doentes, o furoato de fluticasona não é quantificável ( ?10 pg/ml) após administração
intranasal de 110 microgramas uma vez por dia. Níveis quantificáveis foram observados em 15,1%
dos doentes pediátricos após administração intranasal de 110 microgramas uma vez por dia e apenas
em 6,8% dos doentes pediátricos a pós 55 microgramas uma vez por dia. Não houve evidência de
níveis superiores quantificáveis de furoato de fluticasona em crianças mais jovens (menos de 6 anos de
idade). A concentração mediana de furoato de fluticasona nas crianças com níveis quantificáve is na
dosagem de 55 microgramas, foi de 18,4 pg/ml e 18,9 pg/ml, nas de 2 -5 anos e 6 -11 anos,
respetivamente.
À dosagem de 110 microgramas, a concentração mediana nas crianças com níveis quantificáveis foi de
14,3 pg/ml e 14,4 pg/ml, nas de 2 -5 anos e 6 -11 anos, respetivamente. Os valores são semelhantes aos
observados nos adultos (>12 anos), em que as concentrações medianas nos indivíduos com níveis
quantificáveis foram 15,4 pg/ml e 21,8 pg/ml, para a dosagem de 55 microgramas e de 110
microgramas, respeti vamente.
Idosos
Apenas um número reduzido de doentes idosos (?65 anos, n=23/872; 2,6%) forneceram dados
farmacocinéticos. Não houve evidência de uma maior incidência de doentes com concentrações
quantificáveis de furoato de fluticasona em idosos, comparativamente aos doen tes mais novos.
Compromisso renal
O furoato de fluticasona não é detetado na urina de voluntários saudáveis após administração nasal.
Menos de 1% de substâncias dose -relacionadas são excretadas na urina pelo que não se espera que o
compromisso renal afe te a farmacocinética do furoato de fluticasona.
Compromisso hepático
Não existem dados com furoato de fluticasona intranasal em doentes com compromisso hepático.
Estão disponíveis dados após a administração por inalação de furoato de fluticasona (como fu roato de
fluticasona ou furoato de fluticasona/vilanterol) a indivíduos com compromisso hepático que também
são aplicáveis à administração intranasal. Um estudo de uma única administração inalada oralmente de
400 microgramas de furoato de fluticasona em do entes com compromisso hepático moderado (Child -
Pugh B) , resultou num aumento da C max (42%) e da AUC(0 -?) (172%) e uma ligeira diminuição (em
média 23%) nos níveis de cortisol em doentes, comparativamente a indivíduos saudáveis. Após a
administração repetida de furoato de fluticasona/vilanterol por inalação oral durante 7 dias, houve um
aumento na exposição sistémica ao furoato de fluticasona (em média duas vezes, segundo medição por
AUC (0–24)) em indivíduos com compromisso hepático moderado ou grave (Child -Pugh B ou C) em
comparação com indivíduos saudáveis. O aumento da exposição sistémica ao furoato de fl uticasona
10
em indivíduos com compromisso hepático moderado (furoato de fluticasona /vilanterol 200/25
microgram as) foi associado a uma redução média de 34% no cortisol sérico em comparação com
indivíduos saudáveis. Não houve qualquer efeito no cortisol séric o e m indivíduos com compromisso
hepático grave (furoato de fluticasona /vilanterol 100/12 ,5 microgram as). Com base nestes resultados
não se espera que a exposição média previsível de 110 microgramas de furoato de fluticasona
intranasal nesta população de do entes, origine supressão do cortisol.
5.3 Dados de segurança pré clínica
Os resultados em estudos gerais de toxicologia foram semelhantes aos observados com outros
glucocorticoides e estão associados a uma atividade farmacológica exagerada. Estes resulta dos não
terão, provavelmente, relevância às doses nasais recomendadas para o ser humano, as quais resultam
numa exposição sistémica mínima. Não foram observados efeitos genotóxicos do furoato de
fluticasona em testes de genotoxicidade convencionais. Adicio nalmente, não houve aumentos
relacionados com o tratamento na incidência de tumores em estudos de 2 anos de inalação em ratos e
ratinhos.
6.1. Lista dos excipientes
Glucose
Mistura de celulose microcristalina e carboximeti lcelulose sódica
Polissorbato 80
Cloreto de benzalcónio
Edetato dissódico
Água purificada
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos
Depois de aberto: 2 meses.
6.4 Precauções especiais de conservação
Não refrigerar ou congelar .
Guardar o frasco na vertical.
Manter sempre a cápsula de fecho posta.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Frasco de 14,2 ml de vidro âmbar Tipo I ou Tipo III com uma bomba atomizadora doseadora .
O medicamento está disponível em três dimensões de emb alagem: 1 frasco de 30, 60 ou 120
pulverizações.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais para a eliminação.
11
GlaxoSmithKline (Ireland) Limited
12 Riverwalk , Citywest Business Campus
Dublin 24 , Irlanda
EU/1/07/434/001
EU/1/07/434/002
EU/1/07/434/003
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 11 de janeiro de 2008
Data da última renovação: 17 de dezembro de 2012
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento no sítio d a internet da Agência
Europeia de Medicamentos: http://www.ema.europa.eu
12
ANEXO II
A. FABRICANTE(S) RESPONSÁVEL(VEIS) PELA LIBERTAÇÃO
DO LOTE
B. CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO
FORNECI MENTO E UTILIZAÇÃO
C. OUTRAS CONDIÇÕES E REQUISITOS DA AUTORIZAÇÃO
DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
D. CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS À UTILIZAÇÃO
SEGURA E EFICAZ DO MEDICAMENTO
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A. FABRICANTE(S) RESPONSÁVEL(VEIS) PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
Nome e endereço do( s) fabricante(s) responsável(veis) pela libertação do lote
Glaxo Wellcome S.A.
Avenida de Extremadura 3
09400 Aranda de Duero
Burgos
Espanha
B. CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E UTILIZAÇÃO
Medicamento sujeito a receita médica.
C. OUTRAS CONDIÇÕES E REQUISITOS DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
• Relatórios Periódicos de Segurança (R PS)
Os requisitos para a apresentação de RPS para este medicamento estão estabelecidos na lista Europeia
de datas de referência (lista EURD), tal como previsto nos termos do n.º 7 do artigo 107.º -C da
Diretiva 2001/83/CE e quaisquer atualizações subsequentes publicadas no portal europeu de
medicamentos .
D. CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS À UTILIZAÇÃO SEGURA E EFICAZ
DO MEDICAMENTO
• Plano de gestão do isco (PGR)
O Titular da autorização de introdução no mercado ( AIM ) deve efetuar as atividades e as
intervenções de farmacovigilância requeridas e detalhadas no PGR apresentado no
Módulo 1.8.2. da autorização de introdução no mercado, e quaisquer atualizações subsequentes
do PGR que sejam acordadas.
Deve ser apresentado um PGR atualizado:
• A pedido da Agência Europeia de Medicamentos ;
• Sempre que o sistema de gestão do risco for modificado, especialmente como resultado da
receção de nova informação -risco
ou como resultado de ter sido atingido um objetivo importante (farmacovigilância ou
minimização do risco).
14
ANEXO III
ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO
15
A. ROTULAGEM
16
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO E NO
ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
CARTONAGEM