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ANEXO I
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
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BiResp Spiromax 160 microgramas/4,5 microgramas, pó para inalação
Cada dose libertada (a dose que sai do aplicador bucal ) contém 160 microgramas de budesonida e
4,5 microgramas de fumarato de formoterol di -hidratado.
Isto equivale a uma dose calibrada de 200 microgramas de budesonida e 6 microgramas de fumarato
de formoterol di -hidratado.
Excipiente(s) com efeito conhecido:
Cada dose contém aproximadamente 5 miligramas de lactose (mono-hidratada).
Para lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
Pó para inalação.
Pó branco.
4.1 Indicações terapêuticas
Asma
BiResp Spiromax está indicado em a dultos e adolescentes (idade igual ou superior a 12 anos) para o
tratamento regular da asma, em casos em que a utilização de uma associação (corticosteroide inalado e
um agonista dos ?
2-adrenorrecetores de longa duração de ação) é adequada:
- em doentes não adequadamente controlados com corticosteroides inalados e com agonistas dos
?
2-adrenorrecetores de curta duração de ação “de alívio”.
ou
- em doentes já devidamente controlados tanto com corticosteroides inalados como com agonistas
dos ?
2-adrenorrecetores de longa duração de ação.
DPOC
BiResp Spiromax está indicado em adultos com idade igual ou superior a 18 anos para o t ratamento
sintomático de doentes com DPOC (doença pulmonar obstrutiva crónica) com um volume expiratório
forçado em um se gundo (FEV
1) < 70% do valor considerado normal (pós -broncodilatador) e
antecedentes de exacerbações repetidas, que apresentem sintomas significativos, apesar de terapêutica
regular com broncodilatadores de longa duração de ação .
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Asma
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BiResp Spiromax não está indicado para o tratamento inicial da asma.
BiResp Spiromax não é um tratamento adequado para doentes adultos ou adolescentes com apenas
asma ligeira.
A dose de BiResp Spiromax é individual e deverá ser ajustada à gravidade da doença. Este facto
deverá ser tido em consideração não só quando é iniciado o tratamento com uma associação de
medicamentos mas também quando a dose de manutenção é ajustada. Se um doente em particular
necessitar de outra combinação de doses além da disponível no inalador combinado, devem ser
prescritas doses ap ropriadas de agonistas dos ?
2-adrenorrecetores e/ou de corticosteroides através de
inaladores individuais.
Logo que os sintomas da asma estejam controlados, deve ser ponderada a redução gradual da dose de
BiResp Spiromax. Os doentes devem ser reavaliados regularmente pelo respetivo
prescritor/profissional de saúde, para que seja mantida a dose ideal de BiResp Spiromax. A dose deve
ser ajustada para a dose mínima que permita manter o controlo eficaz dos sintomas.
Quando for apropriado fazer a titulação decr escente para uma concentração inferior às disponíveis de
BiResp Spiromax, é necessária uma alteração para uma associação alternativa de dose fixa de
budesonida e fumarato de formoterol que contenha uma dose inferior do corticosteroide inalado.
Quando o controlo dos sintomas a longo prazo for mantido com a dose mínima recomendada, o
próximo passo poderá incluir um teste com corticosteroides inalados isolados.
Para o BiResp Spiromax existem duas abordagens ao tratamento:
BiResp Spiromax como terapêutica de manutenção: BiResp Spiromax é utilizado como tratamento
de manutenção regular com um broncodilatador de curta dur ação de ação separado para utilização em
alívio.
BiResp Spiromax como terapêutica de manutenção e alívio: BiResp Spiromax é utilizado como
tratamento de manutenção regular e como tratamento de alívio em resposta aos sintomas.
BiResp Spiromax como terapêu tica de manutenção
Os doentes devem ser aconselhados a terem sempre disponível um inalador broncodilatador de curta
duração de ação separado para utilização em alívio.
Doses recomendadas:
Adultos (idade igual ou superior a 18 anos): 1-2 inalações duas vezes por dia. Alguns doentes poderão
necessitar de até um máximo de 4 inalações duas vezes por dia.
Adolescentes ( idade igual ou superior a 12 anos): 1 -2 inalações duas vezes por dia.
Na prática nor mal, quando se atinge o controlo dos sintomas com o regime de duas vezes por dia , a
titulação até à dose mínima eficaz pode incluir BiResp Spiromax administrado uma vez por dia
quando, na opinião do médico prescritor, seria necessário um broncodilatador de longa duração de
ação associado a um corticosteroide inalado para manter o controlo.
O aumento da utilização de um broncodilatador de curta duração de ação separado indica um
agravamento da doença subjacente e justifica uma reavaliação da terapêutica da asma.
BiResp Spiromax como terapêuti ca de manutenção e alívio
Os doentes tomam uma dose diária de manutenção de BiResp Spiromax e, além disso, tomam BiResp
Spiromax conforme necessário como resposta aos sintomas. Os doentes devem ser aconselhados a
terem sempre disponível o BiResp Spiromax para a utilização “em alívio”.
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Os doentes a tomar BiResp Spiromax para alívio devem falar com o seu médico sobre a utilização
preventiva de BiResp Spiromax para a broncoconstrição induzida por alergénios ou pelo exercício
físico; a utilização recomendada deve ter em consideração a frequência da necessidade. Em caso de
uma necessidade frequente de broncodilatação, sem que haja uma necessidade correspondente para
uma dose aumentada de corticosteroides inalados, deve utilizar -se um alívio alternativo.
BiResp Spiromax como terapêutica de manutenção e alívio deve ser especialmente considerada para
doentes com:
• controlo inadequado da asma e necessidade frequente de um inalador de alívio.
• antecedentes de exacerbações da asma com necessidade de intervenção médica.
É necessária uma monitorização rigorosa das reações adversas relacionadas com a dose em doentes
que tomam frequentemente um elevado número de inalações de BiResp Spiromax para o alívio.
Doses recomendadas:
Adultos e adolescentes (idade igual ou superior a 1 2 anos): a dose de manutenção recomendada é de 2
inalações por dia, sob a forma de uma inalação de manhã e outra à noite ou sob a forma de 2 inalações
de manhã ou à noite. Para alguns doentes pode ser adequado uma dose de manutenção de 2 inalações
duas vezes por dia. Os doentes devem fazer 1 inalação adicional como tratamento de alívio em
resposta aos sintomas. Se os sintomas persistirem após alguns minutos, deve ser efetuada uma inalação
adicional. Não devem ser feitas mais de 6 inalações em qualquer ocasião única.
Normalmente não é necessária uma dose diária total superior a 8 inalações; contudo, pode ser utilizada
uma dose diária total de até 12 inalações, durante um período limitado de tempo. Os doentes que usam
mais de 8 inalações por dia devem ser vivamente aconselhados a procurar aconselhamento médico.
Devem ser reavaliados e a sua terapêutica de manutenção deve ser reconsiderada.
DPOC
Doses recomendadas:
Adultos (idade igual ou superior a 18 anos): 2 inalações duas vezes por dia
Populações especiais:
Doentes idosos (?65 anos)
Não existem requisitos posológicos especiais para os doentes idosos.
Doentes com compromisso renal ou hepático
Não existem dados disponíveis sobre a utilização de uma combinação de dose fixa de budesonida e
fumarato de formoterol di -hidratado em doentes com compromisso hepático ou renal. Uma vez que a
budesonida e o formoterol são eliminados principalmente através do metabolismo hepático, pode
esperar -se um aumento da exposição em doentes com cir rose hepática grave.
População pediátrica
A segurança e eficácia de BiResp Spiromax em doentes pediátricos com idade inferior a 1 2 anos não
foram estabeleci das. Não existem dados disponíveis .
Este medicamento não é recomendado para utilização por crianças com menos de 12 anos de idade.
Modo de administração
Apenas para via inalatória.
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Spiromax é um inalador ativado pelo fluxo inspiratório, o que significa que as substâncias ativas são
administradas nas vias respiratórias quando o doente inala através do aplicador bucal. Foi demonstrado
que os doentes com asma moderada e grave são capazes de ger ar um fluxo inspiratório suficiente para
que o Spiromax administre a dose terapêutica (ver secção 5.1).
BiResp Spiromax deve ser usado corretamente de forma a obter um tratamento eficaz. Por
conseguinte, os doentes devem ser aconselhados a ler cuidadosamente o folheto informativo e a seguir
as instruções de utilização detalhadas nesse folheto.
A utilização do BiResp Spiromax segue três passos a seguir explicados: abrir, respirar e fechar.
Abrir: Segure no Spiromax com a tampa do aplicador bucal na parte inferior e abra a proteção do
aplicador bucal empurrando-a para baixo até estar totalmente aberta, o que é indi cado com um clique
audível.
Respirar: Coloque o aplicador bucal entre os dentes com os lábios cerrados em redor do aplicador
bucal, tentando não morder o aplicador bucal do inalador. Inspire forte e profundamente através do
aplicador bucal. Retire o Spiro max da boca e sustenha a respiração durante 10 segundos ou enquanto
for confortável para o doente.
Fechar: Expire suavemente e feche a tampa do aplicador bucal.
É igualmente importante aconselhar os doentes a não agitar o inalador antes da utilização, a não
expirar através do Spiromax e a não bloquear os orifícios de ventilação quando estão a preparar o
passo “Respirar”.
Os doentes devem ser igualmente aconselhados a bochechar com água após a inalação (ver secção
4.4).
O doente poderá sentir um sabor ao utilizar o BiResp Spiromax devido ao excipiente lactose.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer um dos excipientes mencionados na secção 6.1.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Recomendações de dose
Os doentes devem ser reavaliados regularmente pelo respetivo prescritor/profissional de saúde, para
que seja mantida a dose ideal de BiResp Spiromax. A dose deve ser titulada para a dose mínima que
permita manter o controlo eficaz do s sintomas. Assim que os sintomas de asma estiverem controlados,
poderá ser ponderada uma redução gradual da dose de BiResp Spiromax. Quando for apropriado fazer
a titulação decrescente para uma dosagem inferior às disponíveis de BiResp Spiroma x, é necessária
uma alteração para uma associação alternativa de dose fixa de budesonida e fumarato de formoterol
que contenha uma dose inferior do corticosteroide inalado.
É importante que seja realizada uma avaliação regular dos doentes à medida que o t ratamento é
reduzido.
Os doentes devem ser aconselhados a ter sempre à mão o seu inalador de alívio, quer seja o BiResp
Spiromax (para doentes asmáticos que usam BiResp Spiromax como terapêutica de manutenção e de
alívio) ou um broncodilatador de curta duração de ação separado (para doentes asmáticos que usam
BiResp Spiromax apenas como terapêutica de manutenção).
Recomenda-se proceder a uma redução gradual da dose quando se pretender suspender o tratamento.
O tratamento não deve ser interrompido abruptam ente. Não se deve considerar a retirada completa dos
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corticosteroides inalados a menos que seja temporariamente necessário para confirmar o diagnóstico
de asma.
Os doentes devem ser educados de forma a tomarem a dose de manutenção de BiResp Spiromax
conforme prescrito, mesmo quando se encontram assintomáticos. A utilização profilática de BiResp
Spiromax, p. ex., antes de praticar exercício não foi estudada. As inalações de alívio de BiResp
Spiromax devem ser efetuadas em resposta aos sintomas e não se dest inam a utilização profilática
regular, p. ex., antes de praticar exercício. Em caso de uma necessidade frequente de broncodilatação,
sem que haja uma necessidade correspondente para uma dose aumentada de corticosteroides inalados,
deve utilizar -se um alívio alternativo
Deterioração da doença
Podem ocorrer reações adversas graves relacionadas com a asma, bem como exacerbações, durante o
tratamento com BiResp Spiromax. Deve ser pedido aos doentes que continuem o tratamento mas que
procurem assistência médica se os sintomas da asma continuarem não controlados ou se agravarem
após o início da terapêutica com BiResp Spiromax.
Se o doente considerar que o tratame nto é ineficaz ou se exceder a dose máxima recomendada de
BiResp Spiromax, tem de procurar assistência médica (ver secção 4.2). A deterioração súbita e
progressiva do controlo da asma ou DPOC é potencialmente fatal, pelo que o doente deve ser
submetid o a exame médico com urgência. Nestas circunstâncias, deve ser ponderada a necessidade de
aumentar a terapêutica com corticosteroides, por exemplo, com um ciclo de tratamento com
corticosteroides orais ou tratamento com antibiótico, no caso de presença de uma infeção.
Os doentes não devem iniciar BiResp Spiromax durante uma exacerbação ou em caso de agravamento
significativo ou deterioração aguda da asma.
Não existem dados disponíveis de est udos clínicos sobre BiResp Spiromax em doentes com DPOC
com um FEV
1 pré -broncodilatador >50% do valor considerado normal e com um FEV 1 pós -
broncodilatador <70% do valor considerado normal (ver secção 5.1).
Podem ocorrer broncoespasmos paradoxais, com aume nto imediato de pieira e dispneia, após a
inalação. Se o doente ficar com broncoespasmos paradoxais, o BiResp Spiromax deve ser
interrompido imediatamente, o doente deve ser avaliado e deverá ser instituída uma terapêutica
alternativa, se necessário. Os br oncoespasmos paradoxais respondem a broncodilatadores inalados de
curta duração de ação e devem ser tratados imediatamente (ver secção 4.8).
Efeitos sistémicos
Poderão ocorrer efeitos sistémicos com qualquer corticosteroide inalado, particularmente se pr escrito
em doses elevadas por períodos prolongados. Estes efeitos são muito menos prováveis de ocorrer com
tratamento por via inalatória do que com corticosteroides orais.
Os possíveis efeitos sistémicos incluem a síndrome de Cushing, características Cush ingóides,
supressão suprarrenal, atraso do crescimento em crianças e adolescentes, diminuição da densidade
mineral óssea, cataratas e glaucoma e, mais raramente, uma série de efeitos psicológicos ou
comportamentais, incluindo hiperatividade psicomotora, pe rturbações do sono, ansiedade, depressão
ou agressão (particularmente nas crianças) (ver secção 4.8).
Perturbações visuais Podem ser notificadas perturbações visuais com o uso sistémico e tópico de corticosteroides. Se um
doente apresentar sintomas tais como visão turva ou outras perturbações visuais, o doente deve ser
considerado para encaminhamento para um oftalmologista para avaliação de possíveis causas que
podem incluir cataratas, glaucoma ou doenças raras, como coriorretinopatia serosa central (CRSC),
que foram notificadas após o uso de corticosteroides sistémicos e tópicos.
Efeitos na densidad e óssea
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Os potenciais efeitos na densidade óssea devem ser tidos em consideração, particularmente em doentes
a receber doses elevadas durante longos períodos de tempo que apresentem fatores de risco
coexistentes para osteoporose.
Estudos de longa duração com budesonida inalada realizados em adultos com doses médias diárias de
800 microgramas (dose calibrada) não revelaram alterações significativas na densidade mineral óssea.
Não existe informação disponível sobre o efeito de uma combinação de dose fixa de
budesonida/ fumarato de formoterol di -hidratado quando utilizada em doses mais elevadas.
Função suprarrenal
O tratamento com esteroides sistémicos adicionais ou budesonida inalada não deve ser interrompido
abruptamente.
O tratamento prolongado com doses elevadas de corticosteroides inalados, particularmente com doses
mais elevadas do que as recomendadas, pode também originar uma supressão suprarrenal clinicamente
significativa. Por conseguinte, deve ser ponderada uma terapêutica adicional com corticosteroides
sistémicos durante períodos de stress, tais como infeções graves ou cirurgia programada. A rápida
redução da dose de esteroides pode induzir uma crise suprarr enal aguda. Os sinais e sintomas que
podem ser observados durante uma crise suprarrenal aguda podem ser algo vagos, mas podem incluir
anorexia, dor abdominal, perda de peso, cansaço, cefaleias, náuseas, vómitos, diminuição do nível de
consciência, convulsõ es, hipotensão e hipoglicemia.
Broncoespasmos paradoxais
Podem ocorrer broncoespasmos paradoxais, com aumento imediato de pieira e dispneia, após a
inalação. Se o doente ficar com broncoespasmos paradoxais, o BiResp Spiromax deve ser
interrompido imediatamente, o doente deve ser avaliado e deverá ser instituída uma terapêutica
alternativa, se necessário. Os broncoespasmos paradoxais respondem a broncodilatadores inalados de
curta duração de ação e devem ser tratados imediatamente (ver secção 4.8).
Transferência de terapêutica oral
Se existir qualquer razão para suspeitar que a função suprarrenal foi afetada devido a terapêutica
sistémica prévia com esteroides, recomenda-se precaução na transferência de doentes para uma
associação terapêutica de dose fixa de budesonida/fumarato de formoterol.
Os benefícios da terapêutica com budesonida inalada podem normalmente minimizar a necessidade de
esteroides orais, mas os doentes transferidos da terapêutica com esteroides orais poderão permanecer
em risco de diminuição da reserva suprarrenal durante um período de tempo considerável. A
recuperação pode demorar um tempo considerável após a cessação d a terapêutica esteroide oral e, por
conseguinte, os doentes dependentes de esteroides orais transferidos para budesonida inalada podem
permanecer em risco de insuficiência da função suprarrenal durante um período de tempo
considerável. Nestas circunstâncias, a função do eixo hipotálamo-hipófise -suprarrenal (HHS) deve ser
monitorizada regularmente.
Durante a transferência de terapêutica oral para uma associação terapêutica de dose fixa de
budesonida/fumarato de formoterol, ocorre uma ação esteroide sistémica inferior generalizada que
pode resultar no aparecimento de sintomas alérgicos ou artríticos, tais como rinite, eczema e dores
musculares e articulares. Deve ser iniciado tratamento específico para estes casos. Deve suspeitar -se
de um efeito glucocorticoide insuficiente generalizado se, em casos raros, surgirem sintomas como
cansaço, cefaleias, náuseas e vómitos. Nestes casos, é por vezes necessário um aumento temporário da
dose de glucocorticoides orais.
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Infeções orais
Para minimizar o risco de candidíase orofaríngea, deve recomendar -se ao doente bochechar com água
após a inalação da dose. No caso de ocorrência de candidíase orofaríngea, o doente deve igualmente
bochechar com água após as inalações de alívio (ver secção 4.2) .
População pediá trica
Recomenda-se que a altura das crianças que recebem tratamento prolongado com corticosteroides
inalados seja monitorizada regularmente. Se houver atraso do crescimento, o tratamento deve ser
reavaliad o com o objetivo de reduzir a dose de corticoster oide s inalado s até à dose mais baixa em que
se mantém o control o eficaz da asma, se possível. Os benefícios do tratamento com corticoster oides e
os possíveis riscos de supressão do crescimento devem ser cuidadosamente ponderados. Além disso,
deve considerar-se a possibilidade de encaminhar o doente para um especialista respiratório pediátrico.
Dados limitados de estudos a longo prazo sugerem que a maioria das crianças e adolescentes tratados
com budesonida inalada atingir á a sua altura alvo em idade adulta . No entanto, observou-se um ligeiro
mas transitório atraso inicial no crescimento (aproximadamente 1 cm). Isto ocorre geralmente durante
o primeiro ano de tratamento.
População com DPOC
Não existem dados disponíveis de estudos clínicos sobre BiResp Spiromax em doentes com DPOC
com um FEV
1 pré -broncodilatador >50% do valor considerado normal e com um FEV 1 pós -
broncodilatador <70% do valor considerado normal (ver secção 5.1).
Pneumonia
Um aumento da incidência de pneumonia, incluindo pneumonia que requer hospitalização, tem sido
observado nos doentes com DPOC a receberem corticosteroides inalados. Existe alguma evidência de
um risco aumentado de pneumonia com o aumento da dose de esteroide mas isto não foi demonstrado
de forma conclusiva entre todos os estudos.
Não existe evidência clínica conclusiva para diferenças dentro da mesma classe na magnitude do risco
de pneumonia entre os medicamentos contento corticosteroides inalados.
Os médicos devem continuar alerta para o possível desenvolvimento de pneumonia em doentes com
DPOC pois as características clínicas de tais infeções sobrepõem -se aos sintomas das exacerbações da
DPOC.
Os fatores de risco para pneumonia em doentes com DPOC incluem tabagismo atual, idade avançada,
índice de massa corporal (IMC) baixo e DPOC grave.
Interações medicamentosas
O tratamento concomitante com itraconazol, ritonavir e outros inibidores potentes da CYP3A4 deve
ser evitado (ver secção 4.5). Se isto não for p ossível, o intervalo de tempo entre as administrações dos
medicamentos que interagem deve ser o mais longo possível. Em doentes a receber tratamento com
inibidores potentes da CYP3A4, não se recomenda uma associação de dose fixa de
budesonida/fumarato de f ormoterol.
Precaução com doenças especiais
Uma combinação de dose fixa de budesonida e fumarato de formoterol di -hidratado deve ser
administrada com prudência em doentes com tireotoxicose, feocromocitoma, diabetes mellitus,
hipocaliemia não tratada, card iomiopatia hipertrófica obstrutiva, estenose aórtica subvalvular
idiopática, hipertensão grave, aneurisma ou outras doenças cardiovasculares graves, tais como
cardiopatia isquémica, taquiarritmias ou insuficiência cardíaca grave.
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Recomenda-se precaução no tratamento de doentes com prolongamento do intervalo QTc. O próprio
formoterol por si só pode induzir o prolongamento do intervalo QTc.
A necessidade de corticosteroides inalados, bem como a respetiva dose, deve ser reavaliad o em
doentes com tuberculose pulmonar ativa ou quiescente e infeções fúngicas e virais das vias
respiratórias.
Devem ser ponderados controlos adicionais da glicemia em doentes diabéticos.
Agonistas dos ? 2-adrenorrecetores
A administração de doses elevadas de agonistas dos ?
2-adrenorrecetores pode resultar em hipocaliemia
potencialmente grave. O tratamento concomitante de agonistas dos ?
2-adrenorrecetores com fármacos
que podem induzir hipocaliemia ou potenciar um efeito hipocaliémico, p. ex., derivados da xantina,
esteroides e diuréticos, pode contribuir para um possível efeito caliémico do agonista dos ?
2-
adrenorrecetores.
O tratamento com agonistas dos ?
2-adrenorrecetores pode resultar num aumento dos níveis séricos de
insulina, ácidos gordos livres, glicerol e corpos cetónicos.
Recomenda-se particular precaução no caso de asma instável com recurso variável a broncodilatadores
de alívio, de asma grave aguda, visto que o risco associado poderá ser agravado pela hipoxia e em
outras situações em que a probabilidade de ocorrência de hipocaliemia está aumentada. Nestas
circunstâncias recomenda-se a monitorização dos níveis séricos do potássio.
Excipientes
Este medicamento contém lactose. Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à
galactose, deficiência total de lactase ou malabsorção de glucose-galactose não devem tomar este
medicamento.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Interações farmacocinéticas
É provável que inibidores potentes da CYP3A4 (p. ex., cetoconazol, itraconazol, voriconazol,
posaconazol, claritromicina, telitromicina, nefazodona e inibidores da protease do VIHVIH)
aumentem acentuadamente os níveis plasmáticos da budesonida e a sua utilização concomitante deve
ser evitada. Se isto não for possível, o intervalo de tempo entre a administração do inibidor e da
budesonida deve ser o mais longo possível (ver secção 4.4). Não é recomendada a terapêutica de
manutenção e alívio com uma combinação de dose fixa de budesonida e fumarato de formoterol di -
hidratado em doentes que tomam inibidores potentes da CYP3A4.
O potente inibidor da CYP3A4, cetoconazol, com o regime posológico de 200 mg uma vez por dia,
aumentou, em média, seis vezes os níveis plasmáticos da budesonida administrada concomitantement e
por via oral (dose única de 3 mg). Quando o cetoconazol foi administrado 12 horas após a budesonida,
a concentração aumentou, em média, apenas três vezes, demonstrando que a separação das
administrações pode reduzir o aumento dos níveis plasmáticos. Os d ados limitados acerca desta
interação para doses elevadas de budesonida inalada indicam que podem ocorrer aumentos acentuados
dos níveis plasmáticos (em média, quatro vezes) se for administrado itraconazol, 200 mg por dia,
concomitantemente com budesonida inalada (dose única de 1000 microgramas).
Prevê-se que o tratamento em associação com inibidores da CYP3A, incluindo medicamentos que
contêm cobicistato, aumente o risco de efeitos secundários sistémicos. A associação deve ser evitada a
menos que o benefí cio supere o risco aumentado de efeitos secundários sistémicos dos
corticosteroides, devendo, neste caso, os doentes serem monitorizados relativamente a estes efeitos.
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Interações farmacodinâmicas
Os bloqueadores beta-adrenérgicos podem atenuar ou inibir o efeito do formoterol. Por conseguinte,
uma terapêutica de combinação de dose fixa de budesonida e fumarato de formoterol di -hidratado não
deve ser administrada em conjunto com bloqueadores beta -adrenérgicos (incluindo colírios), a não ser
por razões que o justifiquem.
O tratamento concomitante com quinidina, disopiramida, procainamida, fenotiazinas, anti -
histamínicos (terferadina) e antidepressivos tricíclicos pode prolongar o intervalo QTc e aumentar o
risco de arritmias ventriculares.
Além disso, a L -dopa, L-tiroxina, oxitocina e o álcool podem afetar a tolerância cardíaca aos ?
2-
simpatomiméticos.
O tratamento concomitante com inibidores da monoaminoxidase, incluindo fármacos com
propriedades semelhantes, tais como a furazolidona e a procarbazina, pod e precipitar reações
hipertensivas.
Existe um risco elevado de arritmias em doentes submetidos a anestesia concomitante com
hidrocarbonetos halogenados.
A utilização concomitante de outros fármacos ?- adrenérgicos e anticolinérgicos pode ter um efeito
bro ncodilatador potencialmente aditivo.
A hipocaliemia poderá aumentar a tendência para arritmias em doentes tratados com glicosídeos
digitálicos.
Não existem evidências de que a budesonida e o formoterol interajam com outros fármacos usados no
tratamento d a asma.
População pediátrica
Os estudos de interação só foram realizados em adultos.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Não existem dados clínicos disponíveis sobre gravidezes expostas a uma terapêutica de combinação de
dose fixa de budesonida e fumarato de formoterol di -hidratado ou ao tratamento concomitante com
formoterol e budesonida. Os dados de um estudo de desenvolvimento embriofetal em ratos não
revelaram evidências de qualquer outro efeito adicional desta associação.
Não existem dados adequados da utilização de formoterol em mulheres grávidas. Em estudos em
animais, o formoterol causou reações adversas em estudos de reprodução em níveis muito elevados de
exposição sistémica (ver secção 5.3).
Dados de aproximadamente 2000 gravidezes expostas indicam não haver risco teratogénico acrescido
associado com a utilização de budesonida inalada. Em estudos em animais foi demonstrado que os
glucocorticoides induzem malformações (ver secção 5.3). Não é provável que estes dados sejam
relevantes para o ser humano, dadas as doses recomendadas.
Estudos em animais identificaram igualmente o envolvimento de um excesso de glucocorticoides pré -
natais no aumento dos riscos de atraso do crescimento intra-uterino, de doença cardiovascular no
adu lto, de alterações permanentes na densidade do recetor dos glucocorticoides, da renovação e
comportamento dos neurotransmissores para exposições abaixo do intervalo de doses teratogénicas.
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Uma terapêutica de combinação de dose fixa de budesonida e fumarat o de formoterol di-hidratado
apenas deve ser utilizada durante a gravidez quando os benefícios forem superiores aos potenciais
riscos. Deve ser usada a dose eficaz mais baixa de budesonida que permita manter um controlo
adequado da asma.
Amamentação
A budesonida é excretada no leite humano. Contudo, não são de prever efeitos nos lactentes com as
doses terapêuticas. Desconhece-se se o formoterol passa para o leite humano. No rato, foram detetadas
pequenas quantidades de formoterol no leite materno. A administração de uma terapêutica de
combinação de dose fixa de budesonida e fumarato de formoterol di -hidratado a mulheres a
amamentar deve ser apenas considerada se o benefício esperado para a mãe for superior a qualquer
possível risco para a criança.
Fertilidade
Não existem dados disponíveis sobre o efeito potencial da budesonida na fertilidade. Estudos de
reprodução animal com formoterol demonstraram uma ligeira redução da fertilidade em ratos machos
submetidos a uma exposição sistémica elevada (ver secção 5.3) .
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os efeitos de BiResp Spiromax sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são nulos ou
desprezáveis.
4.8 Efeitos indesejáveis
Resumo d o perfil de segurança
Dado que BiResp Spiromax contém budesonida e formoterol, poderá ocorrer o mesmo padrão de
efeitos indesejáveis relatado para estas substâncias isoladamente. Não foi observado qualquer aumento
da incidência de efeitos indesejáveis após a administração concomitante dos doi s compostos. As
reações adversas mais frequentes são reações adversas farmacologicamente previsíveis da terapêutica
com um agonista dos ?
2-adrenorrecetores, tais como tremores e palpitações. Estas tendem a ser ligeiras
e desaparecem normalmente após alguns dias de tratamento. Num ensaio clínico com a duração de 3
anos com budesonida na DPOC, ocorreram equimoses e pneumonia com uma frequência de 10% e
6%, respetivamente, em comparação com 4% e 3% no grupo do placebo (p<0,001 e p<0,01,
respetivamente).
Resum o em tabela das reações adversas
As reações adversas que foram associadas com a budesonida ou o formoterol são fornecidas a seguir,
listadas por classes de sistemas de órgãos e frequência. A frequência é definida como: muito
frequentes (?1/10); frequentes (?1/100, <1/10); pouco frequentes (?1/1.000, <1/100); raras
(?1/10.000, <1/1.000); muito raras (<1/10.000); e desconhecida (não pode ser calculada a partir dos
dados disponíveis).
Classe de sistemas de
órgãos
Frequência Reação adversa
Infeções e infesta ções Frequentes Candidíase orofaríngea , pneumonia (em doentes
com DPOC)
Doenças do sistema
imunit?rio
Raras Rea??es de hipersensibilidade imediata e tardia,
p. ex., exantema, urtic?ria, prurido, dermatite,
angioedema e rea??o anafil?tica
12
Doenças endócrinas Muito raras Síndrome de Cushing, supressão suprarrenal,
atraso do crescimento, diminui??o da densidade
mineral ?ssea
Doen?as do metabolismo e
da nutri??ç
Raras Hipocaliemia
Muito raras Hiperglicemia
Perturba??es do foro
psiqui?trico
Pouco frequentes Agress?o, hiperatividade psicomotora, ansiedade,
perturba??es do sono
Muito raras Depress?o, altera??es do comportamento
(predominantemente nas crian?as)
Doen?as do sistema
nervosç
Frequentes Cefaleias, tremores
Pouco frequentes Tonturas
Muito raras Altera??es do paladar
Afe??es oculares Muito raras Cataratas e glaucoma
Pouco frequentes sis?o turva (ver tamb?m a sec??ç 4.4)
Cardiopatias Frequentes Palpita??es
Pouco frequentes Taquicardia
Raras Arritmias card?acas, p. ex., fibrilha??o auricular,
taquicardia supraventricular, extra -s?stole
Muito raras Angina de peito Prolongamento do intervalo QTc
Vasculopatias Muito raras Varia??es da tens?o arterial
Doen?as respirat?rias,
tor?cicas e do mediastinç
Frequentes Ligeira irrita??o da garganta, tosse, disfonia
incluindo rouquid?ç
Raras Broncoespasmç
Muito raras Broncoespasmo paradoxal
Doen?as gastrointestinais Pouco frequentes N?useas
Afe??es dos tecidos
cut?neos e subcut?neos
Pouco frequentes Equimoses
Afe??es
musculoesquel?ticas e dos
tecidos conjuntivos
Pouco frequentes C?ibras musculares
Descri??o de rea??es adversas selecionadas
A candid?ase orofar?ngea deve-se ? deposi??o da subst?ncia ativa. Aconselhar o doente a bochechar
com ?gua ap?s cada dçse vai minimizar o risco. A candid?ase orofar?ngea responde normalmente a
tratamento antif?ngico t?pico, sem a necessidade de descontinua??o do corticosteroide inalado. No
caso de ocorr?ncia de candid?ase orofar?ngea, o doente deve igualmente bochechar com ?gua ap?s as
inala??es de al?vio.
Podem ocorrer muito raramente broncoespasmos paradoxais, afetando menos de 1 em cada 10.000
pessoas, com um aumento imediato da pieira e dispneia ap?s a dosagem. Os broncoespasmos
paradoxais respondem a broncodilatadores inalados de curta dura??o de a??o e devem ser tratados
imediatamente. O BiResp Spiromax deve ser interrompido imediatamente, o doente deve ser avaliado
e dever? ser institu?da uma terap?utica alternativa, se necess?rio (ver sec??o 4.4).
Podem ocorrer efe itos sist?micos com qualquer corticosteroide inalado, particularmente se prescrito
em doses elevadas por per?odos prolongados. Estes efeitos s?o muito menos prov?veis de ocorrer do
que com corticosteroides orais. Os poss?veis efeitos sist?micos incluem s?n drome de Cushing,
manifesta??es cushing?ides, depress?o da fun??o suprarrenal, atraso do crescimento em crian?as e
adolescentes, diminui??o da densidade mineral ?ssea, cataratas e glaucoma. Pode igualmente ocorrer
aumento da suscetibilidade a infe??es e compromisso da capacidade de adapta??o ao stress. Os efeitos
s?o provavelmente dependentes da dose, do tempo de exposi??o, da exposi??o a esteroides
concomitante e anterior e da sensibilidade individual.
O tratamento com agonistas dos ?
2-adrenorrecetores pode resultar num aumento dos níveis séricos de
insulina, ácidos gordos livres, glicerol e corpos cetónicos.
13
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma
vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício -risco do medicamento. Pede-se aos
profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema
nacional de notificação mencionado no Apêndice V .
4.9 Sobredosagem
A sobredosagem de formoterol irá provavelmente provocar efeitos típicos dos agonistas dos
?
2-adrenorrecetor es: tremores, cefaleias, palpitações. Os sintomas relatados a partir de casos isolados
incluem taquicardia, hiperglicemia, hipocaliemia, prolongamento do intervalo QTc, arritmia, náuseas e
vómitos. Poderá estar indicado um tratamento sintomático e de supor te. A administração de uma dose
de 90 microgramas durante três horas a doentes com obstrução brônquica aguda não suscitou qualquer
problema de segurança.
Não é previsível que uma sobredosagem aguda com budesonida, mesmo em doses excessivas,
constitua um problema clínico. Quando utilizada cronicamente em doses excessivas, podem surgir
efeitos sistémicos dos glucocorticoides, tais como hipercorticismo e supressão suprarrenal.
Se a terapêutica com BiResp Spiromax tiver de ser abandonada devido a sobredosagem do
componente formoterol do medicamento, deve ser ponderada uma terapêutica adequada com um
corticosteroide inalado.
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Medicamentos para doenças obstrutivas das vias respiratórias,
adrenérgicos e outros medicamentos para doenças obstrutivas das vias respiratórias.
Código ATC: R03AK07
Mecanismo de ação e efeitos farmacodinâmicos
BiResp Spiromax contém formoterol e budesonida, substâncias que possuem diferentes modos de ação
e que apresentam efeitos aditivos em termos da redução das exacerbações da asma. As propriedades
específicas da budesonida e do formoterol permitem a utilização da associação, quer como terapêutica
de manutenção e alívio, quer como tratamento de manutenção da asma.
Budesonida
A budesonida é um glucocorticoide que, quando inalado, tem uma ação anti-inflamatória dependente
da dose a nível das vias respiratórias, resultando na redução dos sintomas e menos exacerbações da
asma. A budesonida inalada tem menos reações adversas graves do que os corticosteroides sistémicos.
O exato mecanismo responsáv el pelo efeito anti-inflamatório dos glucocorticoides é desconhecido.
Formoterol
O formoterol é um agonista seletivo dos ?
2-adrenorrecetores que, quando inalado, resulta num
relaxamento rápido e prolongado do músculo liso brônquico em doentes com obstruç ão reversível das
vias respiratórias. O efeito broncodilatador é dependente da dose, com início do efeito nos primeiros 1
a 3 minutos. A duração do efeito é de, pelo menos, 12 horas após uma dose única.
14
Eficácia e segurança clínicas
Asma
Terapêutica de manutenção com bude sonida/formoterol
Estudos clínicos em adultos demonstraram que a adição de formoterol à budesonida melhorava os
sintomas da asma e a função pulmonar e reduzia as exacerbações.
Em dois estudos com 12 semanas de duração, o efeito na função pulmonar de budesonida/formoterol
foi igual ao da associação livre de budesonida e formoterol e superior ao da budesonida isolada. Todos
os braços do tratamento usaram um agonista dos ?
2-adrenorrecetores de alívio. Não se observaram
sinais de atenuação do efeito antiasmático ao longo do tempo.
Terapêutica de manutenção e alívio com bude sonida/formoterol para a asma
Foram incluídos, no total, 12076 doentes asmáticos em 5 estudos clínicos em dupla ocultação
(4447 foram aleatorizados para terapêutica de manutenção e alívio com budesonida/formoterol)
durante 6 ou 12 meses. Era necessário que os doentes fossem sintomáticos mesmo apesar da utilização
de glucocorticoides inalados.
A terapêutica de manutenção e alívio com budeson ida/formoterol proporcionou reduções
significativas, do ponto de vista estatístico e clínico, das exacerbações graves para todas as
comparações em todos os 5 estudos. Isto incluiu uma comparação com uma dose de manutenção mais
elevada de budesonida/formoterol com terbutalina como inal ador de alívio (Estudo 735) e a mesma
dose de manutenção de budesonida/formoterol com formoterol ou terbutalina como inalador de alívio
(Estudo 734) (ver tabela seguinte). No Estudo 735, a função pulmonar, o controlo dos sintomas e a
utilização do tratamen to de alívio foram semelhantes em todos os grupos de tratamento. No Estudo
734, os sintomas e a utilização do tratamento de alívio foram reduzidos e houve melhoria da função
pulmonar em comparação com ambos os tratamentos comparadores. Nos 5 estudos combin ados, os
doentes a receber tratamento de manutenção e alívio com budesonida/formoterol não utilizaram, em
média, as inalações de alívio em 57% dos dias de tratamento. Não se observaram sinais de
desenvolvimento de tolerância ao longo do tempo.
Resumo das exacerbações graves em estudos clínicos
N.º do
estudo
Duração
Grupos de tratamento N Exacerbações graves a
Aconteci
mentos
Acontecimento
s/doente -ano
Estudo 735
6 meses
Budesonida/fumarato de formoterol di -hidratado
160/4,5 µg 2x/dia + de alívio
1103 125 0,23 b
Budesonida/fumarato de formoterol di -hidratado
320/9 µg 2x/dia + terbutalina 0,4 mg de alívio
1099 173 0,32
Salmeterol/fluticasona 2 x 25/125 µg 2x/dia + terbutalina
0,4 mg de alívio
1119 208 0,38
Estudo 734
12 meses
Budesonida/fumarato de formoterol di -hidratado
160/4,5 µg 2x/dia + de alívio
1107 194 0,19 b
Budesonida/fumarato de formoterol di -hidratado
160/4,5 µg 2x/dia + formoterol 4,5 µg de alívio
1137 296 0,29
Budesonida/fumarato de formoterol di -hidratado
160/4,5 µg 2x/dia + terbutalina 0,4 mg de alívio
1138 377 0,37
a Hospitalização/tratamento no serviço de urgências ou tratamento com esteroides orais b A redução da taxa de exacerbações é estatisticamente significativa (valor de P <0,01) para ambas as
comparações
Foi demonstrada eficácia e segur ança comparáveis em adolescentes e adultos em 6 estudos em dupla
ocultação, que compararam os 5 estudos supramencionados e um estudo adicional que util izou uma
15
dose de manutenção mais elevada de 160/4,5 microgramas, duas inalações duas vezes por dia. Estas
avaliações basearam -se num total de 14.385 doentes asmáticos, dos quais 1. 847 eram adolescentes. O
número de doentes adolescentes a tomar mais do que 8 inalações em, pelo menos, um dia como part e
d a terapêutica de manutenção e alívio com budesonida/ formoterol era limitado e esse tipo de utilização
era rar o.
Em 2 outros estudos com doentes que procuraram assistência médica devido a sintomas agudos de
asma, a budesonida/formoterol proporcionou um alívio rápido e eficaz da broncoconstrição,
semelhante ao salbutamol e formoterol.
DPOC
Em dois estudos com 12 meses de duração, o efeito sobre a função pulmonar e a taxa de exacerbação
(definida como ciclos de esteroides orais e/ou ciclos de antibióticos e/ou hospitalizações) foi avaliado
em doentes com DPOC grave. A mediana de FEV
1 na inclusão nos ensaios foi de 36% do valor
considerado normal. O número médio de exacerbações por ano (tal como definido anteriormente) foi
reduzido significativa mente com budesonida/formoterol em comparação com o tratamento com
formoterol isolado ou placebo (taxa média de 1,4 em comparação com 1,8-1,9 no grupo do
placebo/formoterol). O número médio de dias a receber corticosteroides orais/doente durante os 12
mese s foi ligeiramente reduzido no grupo da budesonida/formoterol (7-8 dias/doente/ano em
comparação com 11 -12 e 9-12 dias nos grupos do placebo e do formoterol, respetivamente). Quanto às
alterações dos parâmetros da função pulmonar, tais como o FEV
1, o trata mento com
budesonida/formoterol não foi superior ao tratamento com formoterol isolado.
Variação do fluxo inspiratório máximo no dispositivo Spiromax
Foi realizado um ensaio aberto, aleatorizado, com controlo por placebo em crianças e adolescentes
com asma (com idades compreendidas entre os 6 e 17 anos), adultos com asma (com idades
compreendidas entre os 18 e os 45 anos), adultos com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC;
>50 anos de idade) e voluntários saudáveis (com idades compreendidas entre os 18 e os 45 anos) para
avaliar a variação do fluxo inspiratório máximo (PIFR) e outros parâmetros da inalação relacionados
após a inalação utilizando um dispositivo Spiromax (contendo placebo) em comparação com uma
inalação utilizando um inalador de pó seco multidose já comercializado (contendo placebo). O
impacto do treino avançado da técnica de inalação usando um inalador de pó seco na velocidade e
volume da inalação foi igualmente avaliado nestes grupos de participantes. Os dados do estudo
indicaram que, independentemente da idade e gravidade da doença subjacente, as crianças, os
adolescentes e os adultos com asma, bem como os doentes com DPOC eram capazes de alcançarem
fluxos inspiratórios através do Spiromax semelhantes aos gerados recorrendo ao inalador de pó seco
multidose comercializado . A PIFR média alcançada pelos doentes com asma ou DPOC foi superior a
60 l/min, uma taxa de fluxo conhecida em que ambos os dispositivos estudados administram
quantidades comparáveis de medicamento nos pulmões. Um número reduzido de doentes apresentou
uma PIFR inferior a 40 l/min; aquando da observação de PIFR inferiores a 40 l/min não pareceu haver
qualquer agrupamento por idade ou gravidade da doença.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Foi demonstrado que a associação de dose fixa de budesonida e formoterol e os correspondentes
monoprodutos são bioequivalentes no que diz respeito à exposição sistémica da budesonida e do
formoterol, respetivamente. Apesar disto, foi observado um pequeno aumento da supressão do cortisol
após administração da associação de dose fixa em comparação com os monoprodutos. Foi considerado
que a diferença não tem impacto na segurança clínica.
Não existiam evidências de inter ações farmacocinéticas entre a budesonida e o formoterol.
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Os parâmetros farmacocinéticos das respetivas substâncias eram comparáveis após a administração de
budesonida e formoterol sob a forma de monoprodutos ou como associação de dose fixa. Para a
budesonida, a AOS foi ligeiramente superior, a taxa de absorção foi mais rápida e a concentração
plasmática máxima foi mais alta após a administração da associação de dose fixa. Para o formoterol, a
concentração plasmática máxima foi semelhante após a administra ção da associação de dose fixa. A
budesonida inalada é rapidamente absorvida e a concentração plasmática máxima é alcançada nos
primeiros 30 minutos após a inalação. Em estudos, a deposição pulmonar média da budesonida após
inalação através do inalador de pó variou entre 32% e 44% da dose libertada. A biodisponibilidade
sistémica é de aproximadamente 49% da dose libertada. Em crianças com idades compreendidas entre
os 6 e os 16 anos, a deposição pulmonar situa -se dentro do mesmo intervalo dos adultos, para a mesma
dose. As concentrações plasmáticas daí resultantes não foram determinadas.
O formoterol inalado é rapidamente absorvido e a concentração plasmática máxima é alcançada nos
primeiros 10 minutos após a inalação. Em estudos, a deposição pulmonar média do formoterol após
inalação através do inalador de pó variou entre 28% e 49% da dose libertada. A biodisponibilidade
sistémica é de aproximadamente 61% da dose libertada.
Distribuição
A ligação às pr oteínas plasmáticas é de aproximadamente 50% para o formoterol e de 90% para a
budesonida. O volume de distribuição é de cerca de 4 l/kg para o formoterol e de 3 l/kg para a
budesonida. O formoterol é inativado através de reações de conjugação (ocorre form ação de
metabolitos ativos O -desmetilados e desformilados, embora estes sejam essencialmente considerados
como conjugados inativados). A budesonida sofre uma extensa biotransformação (aproximadamente
90%) na primeira passagem pelo fígado em metabolitos com reduzida atividade glucocorticoide. A
atividade glucocorticoide dos principais metabolitos, a 6-beta-hidroxibudenosina e a 16-alfa-
hidroxiprednisolona, é inferior a 1% da budesonida. Não existem indicações de quaisquer interações
metabólicas ou de quaisquer reações de deslocamento entre o formoterol e a budesonida.
Eliminação
A maior parte da dose de formoterol é transformada pelo metabolismo hepático seguida por
eliminação renal. Após a inalação, 8% a 13% da dose libertada de formoterol é excretada não
metabolizada na urina. O formoterol possui uma elevada depuração sistémica (aproximadamente
1,4 l/min) e a sua semivida de eliminação terminal é, em média, de 17 horas.
A budesonida é eliminada através do metabolismo, sendo principalmente catalisada pela enzima
CYP3A4. Os metabolitos da budesonida são eliminados na urina inalterados ou sob a forma
conjugada. Apenas quantidades desprezáveis de budesonida inalterada foram detetadas na urina. A
budesonida possui uma elevada depuração sistémica (aproximadament e 1,2 l/min) e a sua semivida de
eliminação plasmática após administração i.v. é, em média, de 4 horas.
Relação(ões) farmacocinética/farmacodinâmica
As farmacocinéticas da budesonida e do formoterol em crianças e doentes com insuficiência renal são
desconhecidas. A exposição da budesonida e do formoterol poderão estar aumentadas em doentes com
doença hepática.
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Perfil farmacocinético do BiResp Spiromax
Em estudos de farmacocinética com e sem bloqueio com carvão ativado, o BiResp Spiromax foi
avaliado por comparação com uma associação de dose fixa inalada alternativa autorizada, contendo as
mesmas substâncias ativas, budesonida e formoterol e foi demonstrado que era equivalente tanto
quanto à exposição sistémica (segurança) como q uanto à deposição pulmonar (eficácia).
Linearidade/não linearidade
A exposição sistémica tanto à budesonida como ao formoterol está correlacionada de maneira linear
com a dose administrada.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
A toxicidade observada em estudos em animais com budesonida e formoterol, administrados em
associação ou isoladamente, traduziu -se em efeitos associados com uma atividade farmacológica
exagerada.
Em estudos de reprodução animal, os corticosteroides, tais como a budesonida, demonstr aram induzir
malformações (fenda palatina e malformações ao nível do esqueleto). No entanto, estes resultados
experimentais em animais não parecem ser relevantes para os humanos nas doses recomendadas.
Estudos de reprodução animal com formoterol demonstrar am uma ligeira redução da fertilidade em
ratos machos submetidos a exposição sistémica elevada e perdas de implantação, bem como
diminuição da sobrevivência precoce pós -natal e do peso à nascença com exposições sistémicas
consideravelmente superiores às al cançadas durante a utilização clínica. No entanto, estes resultados
experimentais em animais não parecem ser relevantes para os humanos.
6.1 Lista dos excipientes
Lactose mono -hidratada (que contém proteínas do leite) .
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos
Após abertura da bolsa de alumínio: 6 meses
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25 ºC.
Manter a tampa do aplicador bucal fechada após retirar da bolsa de alumín io.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
O inalador é branco com uma tampa do aplicador bucal vermelho escuro semitransparente. As peças
do inalador em contacto com o medicamento / mucosa são feitas de acrilonitrilo -butadieno-estireno
(ABS), polietilen o (PE) e polipropileno (PP). Cada inalador contém 120 doses e é fornecido envolvido
em película de alumínio.
Embalagens múltiplas de 1, 2 ou 3 inaladores.
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É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências
locais.
Teva Pharma B.V.
Swensweg 5, 2031GA Haarlem
Países Baixos
EU/1/14/921/001
EU/1/14/921/002
EU/1/14/921/003
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 28 de abril de 2014
Data da última renovação: 8 de abril de 2019
Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento no sítio da Internet da Agência
Europeia de Medicamentos: http://www.ema.europa.eu
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