Folheto informativo
1
ANEXO I
RESUMO DAS CARACTER ÍSTICAS DO MEDICAMENTO
2
1. NOME DO MEDICAMENTO
Comtan 200 mg comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido revestido por película contém 200 mg de entacap on a.
Excipiente scom efeito conhecido
Cada comprimido contém 1,82 mg de sacarose e 7,3 mg de sódio como componente dos excipientes .
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película
Comprimido rev estido por película, de cor laranja -acastanhada, oval e biconvexo com “Comtan”
gravado num dos lados.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
A entacapon aestá indicad acomo um adjuvante de preparações convencionais de
levodopa/benserazida ou levodopa/carbidopa, para utilização em doentes adultos com doença de
Parkinson e flutuações motoras de fim -de -dose cuja estabilização não é possível com aquelas
combinações.
4.2 Posologia e modo de administração
A entacapon adeve apenas ser utilizad aem combinação com levodopa/benserazida ou
levodopa/carbidopa. A informação de prescrição para estas preparações de levodopa é aplicável à sua
utilização concomitante com entacapon a.
Posologia
Administra -se um comprimido de 200 mg com cada dose de levodop a/inibidor da dopa
descarboxilase. A dose máxima recomendada é 200 mg dez vezes por dia, i.e. 2 .000 mg de
entacapon a.
A entacapon apotencia os efeitos da levodopa. Assim, para reduzir as reações advers as
dopaminérgic as relacionad as com a levodopa, p. ex. discinésias, náuseas, vómitos e alucinações, é
frequentemente necessário ajustar a posologia da levodopa durante os primeiros dias ou semanas após
o início do tratamento com entacapon a. A dose diária de levodopa p ode ser reduzida em cerca de
10 -30% aumenta ndo os intervalos entre as administrações e/ou reduzindo a quantidade de levodopa
por dose, de acordo com a situação clínica do doente.
Se o tratamento com entacapon afor interrompido, é necessário ajustar a posologia de outros
medicamentos antiparkinsóni cos, especialmente da levodopa, para alcançar um nível suficiente de
controlo dos sintomas parkinsónicos.
3
A entacapon aaumenta a biodisponibilidade da levodopa de preparações convencionais de
levodopa/b enserazida ligeiramente mais (5 -10%) do que a de prep arações convencionais de
levodopa/carbidopa. Assim, os doentes que estão a tomar preparações convencionais de
levodopa/benserazida poderão necessitar de uma redução maior da dose de levodopa quando se inicia
o tratamento com entacapon a.
Compromisso renal
A insuficiência renal não afeta a farmacocinética d aentacapon ae não há necessidade de ajustamento
da dose. No entanto, para doentes submetidos a diálise, poderá ser considerado um intervalo maior
entre as administrações (ver a secção 5.2).
Compromisso hepátic o
Ver secção 4.3.
Idosos ( ?65 anos)
Não é necessário um ajustamento da posologia d aentacapon apara pessoas idos as.
População pediátrica
A segurança e eficácia de Comtan em crianças com menos de 18 anos de idade não foram
estabelecida s. Não existem dados disponíveis .
Modo de administração
A entacapon aé administrad apor via oral e simultaneamente com cada dose de levodopa/carbidopa ou
de levodopa/benserazida.
A entacapon apode ser administrad acom ou sem alimentos (ver secção 5.2).
4.3 Contraindicações
- Hipersensibili dade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados na
secção 6.1 .
- Compromisso hepátic o.
- Feocromocitoma .
- Utilização concomitante de entacapon ae inibidores não -seletivos da monoamino oxidase
(MAO -A e MAO -B) (p. ex. fenelzina, tranilc ipromina) .
- Utilização concomitante de um inibidor seletivo da MAO -A mais um inibidor seletivo da
MAO -B e entacapon a(ver a secção 4.5).
- Uma história anterior de síndrome malign ados neurolépticos (SMN) e/ou rabdomiólise não
traumática.
4.4 Advertência s e precauções especiais de utilização
Tem
sido raramente notificada em doentes com doença de Parkinson, rabdomiólise secundária a
discinésias graves ou síndrome malign ados neurolépticos (SMN).
A SMN, incluindo rabdomiólise e hipertermia, caracteriza -se por sintomas motores (rigidez,
mioclonia, tremor), alterações do estado mental (p. ex. agitação, confusão, coma), hipertermia,
disfunção autónoma (taquicardia, pressão arterial lábil) e elevação da creatinina fosfoquinase sérica.
Em casos individuais, pod em ser evidentes apenas alguns destes sintomas e/ou resultados.
Não t em sido notificado nem SMN nem rabdomiólise em associação ao tratamento com entacapon a
em ensaios controlados nos quais aentacapon afoi subitamente retirad a. Desde a introdução no
merca do, foram notificado s casos isolados de SMN, especialmente após redução abrupta ou
suspensão do tratamento com entacapon ae com outros medicamentos dopaminérgicos concomitantes .
Quando for necessário, a interrupção do tratamento com entacapon ae com outros medicamentos
4
dopaminérgicos deve ser efetuada lentamente e, se apesar da interrupção lenta d aentacapon a
ocorrerem sinais e/ou sintomas, poderá ser necessário um aumento na posologia da levodopa.
A terapêutica com entacapona deve ser administrada com pre caução a doentes com doença cardíaca
isquémica.
Devido ao seu mecanismo de ação , aentacapon apode interferir com o metabolismo de medicamentos
que contêm um grupo catecol e potenciar a sua ação . Assim, aentacapon adeve ser cuidadosamente
administrad aa doentes tratados com medicamentos metabolizados pela catecol -O-metiltransferase
(COMT), p. ex. rimiterol, isoprenalina, adrenalina, noradrenalina, dopamina, dobutamina, alfa -
metildopa e apomorfina (ver também a secção 4.5).
A entacapon aé sempre administr ad acomo um adjuvante do tratamento com levodopa. Assim, as
precauções aplicáveis ao tratamento com levodopa devem também ser tidas em conta para o
tratamento com entacapon a. A entacapon aaumenta a biodisponibilidade da levodopa de preparações
convencionai sde levodopa/benserazida mais 5 -10% do que a de preparações convencionais de
levodopa/carbidopa. Em consequência, as reações adversas dopaminérgicas poderão ser mais
frequentes quando se adiciona entacapon aao tratamento com levodopa/benserazida (ver tamb ém a
secção 4.8). Para reduzir as reações advers as dopaminérgic as relacionad as com a levodopa é
frequentemente necessário ajustar a posologia da levodopa durante os primeiros dias ou semanas após
o início do tratamento com entacapon a, de acordo com a situa ção clínica do doente (ver as secções
4.2 e 4.8).
A entacapon apode agravar a hipotensão ortostática induzida pela levodopa. A entacapon adeve ser
cuidadosamente administrad aaos doentes que estão a tomar outros medicamentos que possam
provocar hipotensão ortostática.
Em estudos clínicos, os efeitos indesejáveis dopaminérgic os, p. ex. discinésia s, foram mais comuns
em doentes que receberam entacapon ae agonistas da dopamina (tais como a bromocriptina),
selegilina ou amantidina, em comparação com aqueles q ue receberam placebo com esta combinação.
As doses de outr os medicamentos antiparkinsónic os poderão necessitar de ser ajustadas quando se
inicia o tratamento com entacapon a.
A entacapon a, em associação com a levodopa, foi associad aa sonolência e episódio s de
adormecimento súbito em doentes com doença de Parkinson. Como tal, deve ser tida precaução ao
conduzir ou utilizar máquinas (ver a secção 4.7).
Recomenda -se a monitorização do peso de doentes que sofram de diarreia, de forma a evitar uma
potencial di minuição excessiva de peso. Diarreia prolongada ou persistente com início durante a
utilização de entacapona pode ser um sinal de colite. Em caso de diarreia prolongada ou persistente, o
medicamento deve ser descontinuado e considerada terapêutica médica a dequada e exames
complementares de diagnóstico .
Os doentes devem ser monitorizados regularmente quanto ao desenvolvimento de distúrbios do
controlo de impulsos . Os doentes e cuidadores devem ser advertidos de que podem ocorrer sintomas
comportamentais de distúrbios do controlo de impulsos, incluin do jogo patoló gico, aumento da líbido,
hipersexualidade, gastos ou compras compulsivas , ingestão excessiva e compulsiva de comida , em
doentes tratados com agonistas da dopamina e/ou outros tratamentos dopaminérgic os, tais como
Comtan em associação com levodopa. Recomenda -se a revisão do tratamento se se desenvolverem
tais sintomas.
Deverá ser considerada uma avaliação médica geral, incluindo a função hepática, em doentes que
sofram de anorexia progressiva, astenia e perda de peso num relativo curto espaço de tempo.
Os comprimidos de Comtan contêm sacarose. Por isso, doentes com problemas hereditários raros de
intolerância à frutose, malabsorção de glucose -galactose ou insuficiência de sacarase -isomaltase não
5
devem tomar este medicamento.
Este medicamento contém 7,3 mg de sódio por comprimido. A dose diária máxima recomendada
(10 comprimidos) contém 73 mg de sódio, equivalente a 4% da ingestão diária máxima recomendada
pela OMS de 2 g de sódio para um adulto.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
No esquema de tratamento recomendado não foi notificada qualquer interação daentacapon acom a
carbidopa. A interação farmacocinética com a benserazida não foi estudada.
Em estudos de dose única em v oluntários saudáveis não foram notificada s quaisquer interações entre
aentacapon ae a imipramina ou entre aentacapon ae a moclobemida. Da mesma forma, também não
foram notificada s quaisquer interações entre aentacapon ae a selegilina em estudos de dose repetida,
em doentes parkinsónicos. Contudo, a experiência da utilização clínica de entacapon acom vários
medicamentos , incluindo inibidores da MAO -A, antidepressivos tricíclicos, inibidores da recaptação
de noradrenalina tais como desipramina, maprotilina e venlafaxina e medicamentos que sejam
metabolizados pela COMT (p. ex., compostos que contêm um grupo catecol: rimiterol, isoprenalina,
adrenalina, noradrenalina, dopamina, dobutamina, alfa -metildopa, apomorfina e paroxetina) é ainda
limitada. Deve -se ter precaução quando estes medicamentos são utilizados concomitantemente com a
entacapon a(ver também a ssecç ões 4.3 e 4.4).
A entacapon apode ser utilizad acom a selegilina (um inibidor seletivo da MAO -B), mas a dose diária
de selegilina não deve exceder 10 mg.
A entacapon apode formar quelatos com o ferro no trato gastrointestinal. A entacapon ae as
preparações com ferro devem ser tomad as com um intervalo de, pelo menos, 2 -3horas (ver a
secção 4.8).
A entacapon aliga -se ao local de ligação II da albumina humana que também se liga a vários outros
medicamentos, incluindo o diazepam e o ibuprofeno. Não foram realizados estudos de interação
clínica com o diazepam e medicamentos anti -inflamatórios não esteroides . De acordo com estudos in
vitro , não se prevê de slocação significativa com concentrações terapêuticas de medicamentos.
Devido à sua afinidade in vitro para o citocromo P450 2C9 (ver secção 5.2), aentacapon apode
potencialmente interferir com medicamentos com metabolismo depend ente desta isoenzima, tai s como
a S -varfarina. No entanto, num estudo de interação em voluntários saudáveis, aentacapon anão
alterou os níveis plasmáticos da S -varfarina, enquanto que os valores de AUC para a R -varfarina
aumentaram em média 18% [IC 9011 -26%]. Os valores INR aumen taram em média 13% [IC 906-19%].
Assim , recomenda -se a monitorização dos valores INR quando se inicia o tratamento com entacapon a
em doentes a receber varfarina.
4.6 Fertilidade, g ravidez e aleitamento
Gravidez
Não foram notificado s efeitos teratogénico s ou fetotóxicos primários evidentes nos estudos realizados
em animais, nos quais os níveis de exposição à entacapon aforam acentuadamente superiores aos
níveis de exposição terapêutica. Como não há experiência em mulheres grávidas, aentacapon anão
deve rá ser utilizad adurante a gravidez.
Amamentação
Em estudos realizados em animais, aentacapon afoi excretad ano leite. A segurança da utilização de
entacapon aem crianças não é conhecida. As mulheres não devem amamentar durante o tratamento
com entacapon a.
6
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os efeitos de Comtan em associação com a levodopa sobre a capacidade de conduzir e utilizar
máquinas são consideráveis. A entacapon apode, juntamente com a levodopa, provocar tonturas e
ort ostatismo sintomático. Por este motivo, deve -se tomar cuidado ao conduzir ou utilizar máquinas.
Os doentes tratados com entacapon aem associação com levodopa e que apresentem sonolência e/ou
episódios de adormecimento súbito devem ser instruídos no sentid o de evitarem conduzir ou efetuar
atividades para as quais uma redução da vigília possa colocá -los a eles ou a outros em risco de danos
graves ou morte (p. ex. utilizar máquinas), até que esses episódios recorrentes se resolvam (ver
também a secção 4.4).
4.8 Efeitos indesejáveis
Resumo do perfil de segurança
As reações adversas mais frequentes provocadas pel aentacapon aestão relacionadas com o aumento
da atividade dopaminérgica e ocorrem mais frequentemente no início do tratamento. A redução da
dosagem da levodopa diminui a gravidade e frequência destas reações . A outra classe principal de
reações adversas são os sintomas gastrointestinais, incluindo náuseas, vómitos, dor abdomina l,
obstipação e diarreia. A entacapon apode alterar a cor da urina para cas tanho -avermelhado, mas este
fenómeno é inofensivo.
Habitualmente, as reações adversas provocadas pel aentacapon asão ligeiras a moderadas. Em ensaios
clínicos, as reações adversas mais frequentes que levaram à interrupção do tratamento com
entacapon afora m sintomas gastrointestinais (p. ex. diarreia, 2,5%) e aumento das reações adversas
dopaminérgicas da levodopa (p. ex. discinésias, 1,7%).
Foram notificadas discinésias (27%), náuseas (11%), diarreia (8%), dor abdominal (7%) e boca seca
(4,2%) com uma fre quência mais significativa com aentacapon ado que com o placebo no conjunto
de dados de ensaios clínicos envolvendo 406 doentes a receber o medicamento e 296 doentes a
receber o placebo.
Algumas das reações adversas, tais como discinésia, náuseas e dores abdominais poderão ser mais
comuns com as doses mais elevadas (1 .400 a 2 .000 mg por dia) do que com as doses mais baixas de
entacapon a.
Resumo tabelado das reações adversas
As reações adversas , apresentadas na Tabela 1, foram reunidas tanto de ensaios c línicos com
entacapon acomo desde a introdução d aentacapon ano mercado.
Tabela 1* Reações adversas do fármaco
Perturbações do foro psiquiátrico
Frequentes: Insónia, alucinações, confusão, paroníria
Muito raros: Agitação
Doenças do sistema nervoso
Muito frequentes: Discinésia
Frequentes: Agravamento do Parkinsonismo, tonturas, distonia,
hipercinésia
Cardiopatias**
Frequentes: Acontecimentos cardíacos isquémicos, para além de enfarte
do miocárdio (por ex.: angina pectoris)
Pouco frequentes: Enfarte do miocárdio
7
Doenças gastrointestina is
Muito frequentes: NáuseYb s
Frequentes: DiYb \b, dor Yb * \bl, securYb \b bocYb * \bção, vómitos
Muito rYb : AnorexiY>
Desconhecido : Colite
Afeções hepatobiliares
RYb : Testes de função hepáticYb Yb \bis
Desconhecido: HepYb