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DEPO-MEDROL INJ 80 MG/2 ML
DEPO-MEDROL INJ 80 MG/2 ML
DEPO-MEDROL INJ 80 MG/2 ML
CNP: 8114306
 
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Folheto informativo

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

DEPO-MEDROL
Acetato de metilprednisolona, 40 mg/1ml
Acetato de metilprednisolona, 80mg/2ml
Suspensão injectável


Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-
lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
- Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não
mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.


Neste folheto:



O Depo-Medrol é uma suspensão injectável cuja via de administração é intramuscular, intra-
articular, intra-lesional, nos tecidos moles e instilação rectal.
Depo-Medrol está indicado para as seguintes situações:

A. Para administração Intramuscular
Quando a terapêutica oral não é viável e a concentração, dosagem e via de administração
indicam que este medicamento é a alternativa aconselhável para controle da situação em
causa, o uso intramuscular de Depo-Medrol está indicado nas seguintes situações:

Insuficiência adrenocortical primária ou secundária (a hidrocortisona ou cortisona são os
fármacos de eleição,podendo no entanto utilizar-se análogos sintéticos em conjugação com
mineralocorticoides). Nas crianças é de particular importância a administração suplementar de
mineralocorticoides. Insuficiência adrenocortical aguda (a hidrocortisona ou cortisona são os
fármacos de eleição, podendo no entanto usar-se análogos sintéticos em conjugação com
mineralocorticoides). Hiperplasia suprarenal congénita. Hipercalcemia associada com cancro.
Tiroidite não supurativa.

Depo-Medrol usa-se como terapêutica adjuvante para administração a curto prazo para aliviar
o doente no caso de um episódio agudo ou exacerbação de:


Osteoartrite pós-traumática; Sinovites de osteoartrites; Artrite reumatóide incluindo a artrite
reumatóide juvenil (determinados casos podem requerer terapêutica de manutenção de baixa
dosagem); Bursites agudas e sub-agudas; Epicondilites; Tenosinovites não específicas agudas;
Artrite goto sa agud a; Artrite psoriática; Espo nd ilite anquilosante.

Durante uma exacerbação ou como terapêutica de manutenção em casos seleccionados de:
Lúpus eritematoso disseminado; Dermatomiosite sistémica (polimiosites); Endocardite
reumática aguda;

O Depo-Medrol está indicado nos casos de:
Pênfigo, eritema multiforme grave (síndrome de Stevens-Johnson), dermatite exfoliativa,
micoses fungóides, dermatite bulhosa herpetiforme, dermatite seborreica grave, psoríase
gra ve.

Controle de situ ações alérgicas graves o u incapacitantes não tratáveis co m a terap êu tica
convencional:
Asma brônquica; Dermatite de contacto; Dermatite Atópica; Doença do soro; Rinite alérgica
sazonal ou permanente; Reacções de hipersensibilidade a fármacos; Reacções urticariformes
pós-transfusionais; Edema laríngeo não-infeccioso (a epinefrina é o fármaco de primeira
escolha).

Depo-Medrol está indicado nos processos alérgicos e inflamatórios agudos e crónicos dos
olhos, tais como: herpes zoster oftálmico, irites, iridociclites, corioretinites, uveites
posteriores difusas, nevrites ópticas, inflamação do segmento anterior, conjuntivites alérgicas,
úlceras alérgicas marginais da córnea, queratites e reacções de hipersensibilidade a fármacos.

Para apoiar o doente durante os períodos críticos da doença em: colite ulcerativa e enterite
regional (terapêutica sistémica).
Depo-Medrol está indicado nos casos de: tuberculose pulmonar fulminante ou disseminada
(quando usado concomitantemente com quimioterapia anti-tuberculosa apropriada),
sarcoidose sintomática, beriliose, síndrome de Loefler (não tratável por outros meios) e
pneumonia de aspiração.

Anemia hemolítica adquirida (autoimune), trombocitopénia secundária nos adultos,
eritroblastopénia, anemia hipoplásica congénita (eritróide).

Para o tratamento paliativo de leucemias e linfomas em adultos e leucemia aguda da infância.

11. Estados Edematosos
Para indução da diurese ou remissão da proteinúria na síndrome nefrótica, sem urémia, do
tipo idiopático ou devida a lúpus eritematoso.



12. Sistema nervoso
Exacerbação agud a de esclero se mú ltip la.

13. Outros
Meningite tuberculosa com bloqueio subaracnoideio ou ameaça de bloqueio, quando usado
concomitantemente com quimioterapêutica antituberculosa. Triquinose com envolvimento
neurológico ou do miocárdio.

B. Para administração intra-sinovial ou nos tecidos moles, (incluindo periarticular e
intrabursal)

Ver AVISOS.
Depo-Medrol está indicado como terapêutica adjuvante, a curto prazo, para alívio do doente
durante uma crise aguda ou exacerbação nos seguintes casos:
Sinovites de osteoartrites; Artrite reumatóide; Bursites agudas e sub-agudas; Epicondilites;
Tenosinovites não específicas agudas; Artrite gotosa aguda. Osteoartrite pós-traumática;
C. Para administração intralesio nal
Para administração intralesional nas seguintes indicações:
- Quelóides
- Lesões inflamatórias localizadas, hipertróficas e infiltradas devidas a:
- Líquen planus, placas psoriáticas, granuloma anular e líquen simplex crónico
(neurodermatite), lúpus eritematoso discóide, necrobiosis lipódica diabeticorum e alopécia
areata.
Depo-Medrol pode também ser útil nos tumores císticos de uma aponeurose ou tendão
(gânglios).
D. Para instilação rectal
Colites ulcerosas.



Não utilize Depo-Medrol
se tem hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer outro componente de Depo-
Medrol
para administração intratecal
para dministração intravenosa
no caso de infecção sistémica se não acompanhada de medicação anti-infecciosa adequada.
no caso de infecções fúngicas sistémicas

Utilizar Depo-Medrol com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros
medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
As interacções potenciais, seguidamente discriminadas, são clinicamente importantes. O uso
concomitante da ciclosporina e metilprednisolona pode provocar a inibição recíproca do
metabolismo, pelo que é provável a ocorrência de efeitos adversos associados à administração
individual de qualquer um destes fármacos.
Tem sido referida a ocorrência de convulsões, relacionada com a administração concomitante
de metilprednisolona e ciclosporina. Fármacos indutores de enzimas hepáticos, tais como,


fenobarbital, fenitoína e rifampicina podem provocar o aumento da depuração da
metilprednisolona tendo que se recorrer ao aumento da dose da metilprednisolona para
obtenção da resposta requerida. A administração de troleandomicina e quetoconazol pode
inibir o metabolismo da metilprednisolona, diminuindo, assim, a sua eliminação. A dose de
metilprednisolona deve ser dissolvida de molde a evitar toxicidade esteróide. A
metilprednisolona pode aumentar os níveis de eliminação do regime crónico de altas doses da
aspirina, diminuindo os níveis séricos de salicilato ou ainda aumentar o seu risco de
toxicidade, quando interrompido o tratamento com metilprednisolona. O uso concomitante da
aspirina com corticosteróides deve ser cuidadosamente controlado em doentes com
hipoprotrombinémia. O efeito da metilprednisolona sobre as formas orais de anticoagulantes é
variável. Têm sido reportados efeitos relevantes e, clinicamente, pouco significativos,
referentes à administração associada de anticoagulantes com corticosteróides, sendo, por isso,
recomendável controlar os índices de coagulação para a manutenção do efeito coagulante
desejado.
Bloqueadores neuromusculares (como pancurónium) podem induzir reversão parcial do
bloqueio muscular. A digoxina pode induzir perturbações electrolíticas com expoliação de
po tássio (ver efeito s indesejáveis) e potencial card ioto xicid ade. Os fármacos antidiab ético s
(insulina, glibenclamida e metformina) podem induzir os efeitos diabetogénicos dos
corticosteróides. Antihipertensores: retenção hídrica e aumento da pressão arterial.

Tome especial cu id ado com Depo-Med rol
Os corticosteróides devem ser usados com precaução em doentes com herpes simplex ocular
devido a uma possível perfuração da córnea.
Durante o tratamento com corticosteróides podem ocorrer alterações psíquicas que vão desde
euforia, insónia, alterações do humor e de personalidade, depressão grave a manifestações
claramente psicóticas.
Do mesmo modo, caso exista instab ilid ad e emo cional ou tend ências p sicóticas pode d ar-se o
seu agravamento com o uso de corticosteróides.
Os corticosteróides devem ser usados com precaução em colites ulcerativas não específicas,
com probabilidades de perfuração, abcessos ou outras infecções piogénicas. Também devem
ser utilizados com precaução em diverticulites, anastomoses intestinais recentes, úlcera
péptica activa ou latente, insuficiência renal, hipertensão, osteoporose e miastenias graves, em
que os esteróides são utilizados sob indicação específica ou como terapêutica adjuvante.
As precauções seguintes aplicam-se aos corticosteróides administrados por via parentérica.
A injecção intra-sinovial de um corticosteróide pode produzir efeitos sistémicos bem como
efeitos locais. A confirmação de presença de fluido sinovial é necessária para exclusão de um
processo infeccioso.
Aumento da sensação do lo rosa aco mp anhad o por ed ema lo cal, com redu ção articu lar moto ra,
febre e mal estar geral são indicativos de artrite séptica. Caso tal se verifique e se confirme o
diagnóstico de sepsis deve instituir-se uma terapêutica antibacteriana apropriada.
Deve evitar-se a injecção local de um esteróide numa articulação previamente infectada.
Os co rticosteró ides não devem ser injectado s em articu laçõ es instáveis.
Deve utilizar-se sempre técnica estéril para prevenir infecções ou contaminação.
O grau de absorção por via intramuscular é mais lento.
Apesar dos ensaios clínicos controlados terem demonstrado que os corticosteróides são
eficazes na rapidez de resolução de exacerbações agudas de esclerose múltipla, não provam
que os corticosteróides afectem a história clínica da situação. Contudo, foi demonstrado que
para obtenção de um efeito significativo é necessária a administração de doses elevadas de
corticosteróides. (ver Como utilizar Depo-Medrol).


Em virtud e das reacções asso ciad as ao s glu cocortico ides d ep enderem da dose e du ração do
tratamento, deve-se ponderar os possíveis riscos/benefícios em cada caso individualmente,
tanto no que respeita à dose como à duração do tratamento. Deve também ponderar-se a
adequ ab ilid ade da terapêutica d iária ou intermitente.

Carcinogénese, mu tagénese, alteraçõ es d a fertilid ad e
Não existe evidência de que os corticosteróides sejam carcinogénicos, mutagénicos, ou
alterem a fertilidade.

Avisos
Este medicamento não se destina a utilização multi-dose. Após administração da dose
indicada, qualquer resto de suspensão deverá ser inutilizado.
O uso de doses múltiplas de Depo-Medrol requer atenção especial de modo a evitar
contaminação. Embora inicialmente estéril, o uso de qualquer frasco multi-dose pode
provocar a contaminação do mesmo, caso não se utilize uma técnica asséptica. É necessária
atenção especial, nomeadamente o uso de seringas e agulhas descartáveis.
Embora os cristais de adrenocorticosteróides na derme suprimam a reacção inflamatória, a sua
presença pode causar desintegração dos elementos celulares e alterações físico-químicas na
estrutura do tecido conjuntivo. Estas alterações atróficas podem originar depressões pouco
profundas no local da injecção, proporcionais à dose de esteróide injectada. Em regra, a
regeneração é completa dentro de poucos meses, ou depois de todos os cristais terem sido
absorvidos.
A fim de reduzir a incidência da atrofia da derme e subderme, deve-se evitar exceder as doses
indicadas para as injecções intradérmicas. Sempre que possível, devem fazer-se múltiplas
pequenas injecções na área da lesão. A técnica da injecção intra-sinovial e intramuscular deve
incluir precauções para evitar a injecção ou extravasão na derme. A injecção no músculo
deltóide deverá ser evitada devido a uma elevada incidência de atrofia subcutânea.
Depo-Medrol não deve ser administrado por qualquer via que não as descritas na secção O
qu e é Depo-Med rol e para qu e é utilizado . É muito impo rtante que, durante a ad ministração
de Depo-Medrol seja usada a técnica e os cuidados necessários que assegurem a colocação
exacta da medicação.
A administração por outras vias que não as indicadas tem sido associada a relatos de efeitos
adversos graves, incluindo: aracnoidite, meningite, paraparesia/paraplegia, perturbações
sensoriais, disfunção intestinal/urinária, convulsões, insuficiência visual incluindo cegueira,
inflamação ocular e periocular, e efeito residual ou tumefacção no local da injecção. Devem
ser tomadas precauções que evitem a injecção intravascular.
Aos doentes sob corticoterapia, sujeitos a um stress anormal, deve administrar-se uma dose
suplementar de corticosteróides de acção rápida, antes, durante e após a situação de stress.
Os corticosteróides mascaram por vezes alguns sinais de infecção, podendo, portanto, surgir
durante a sua utilização novas infecções. Regista-se também uma diminuição da resistência e
incapacidade de localização da infecção. Na presença de infecção aguda não usar as vias
intra-sinovial, intrabursal ou intratendinosa para obtenção de efeito local.
O uso prolongado de corticosteróides pode provocar cataratas sub-capsulares posteriores,
glaucoma com possível lesão dos nervos ópticos e pode potenciar a ocorrência de infecções
oculares secundárias devido a fungos ou vírus. Depo-Medrol não deve ser administrado a
doentes com hipotiroidismo, estados psicóticos, insuficiência cardíaca, diabetes mellitus ou
glau co ma.

Gravid ez e aleitamento


Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Algu ns estudo s realizado s em animais d emo nstraram que o s corticosteró ides, quando
administrados à mãe em doses elevadas, podem causar malformações fetais. Não se
realizaram estudos de reprodução apropriados no homem com corticosteróides. Portanto, no
que respeita à reprodução no homem, o uso deste fármaco na gravidez, nas mães que estão no
período de aleitação, ou nas mulheres que têm potencial de engravidar, exige que se analisem
as vantagens destes medicamentos relativamente aos riscos potenciais que representam para a
mãe e para o embrião ou feto. Uma vez que não existe evidência clara, relativamente à
segurança do fármaco na gravidez humana, este fármaco deverá apenas ser usado nesta
situação em caso de manifesta necessidade.
Os corticosteróides atravessam rapidamente a placenta. Os recém-nascidos de mães que
receberam doses substanciais de corticosteróides durante a gravidez, devem ser
cuidadosamente observados e analisados a fim de se diagnosticarem sinais de insuficiência
suprarenal. Não se conhecem os efeitos dos corticosteróides durante o trabalho de parto. Os
corticosteróides são excretados no leite materno.

Uso Pediátrico
A administração prolongada de uma terapêutica com dose diária de glucocorticóide pode
suprimir o crescimento nas crianças. O uso de tal regime deve ser restringido aos casos de
indicação mais séria.

Outras Patologias Especiais
Enquanto submetidos à terapêutica com corticosteróides, estes doentes não devem ser
vacinados contra a varíola. Não devem ser considerados outros processos de imunização nos
doentes a receber corticosteróides, particularmente em doses elevadas, devido ao possível
risco de complicações neurológicas e à ausência de resposta dos anticorpos.
O uso de Depo-Medrol na tuberculose activa deve ser apenas aplicado aos casos de
tuberculose fulminante ou disseminada nos quais os corticosteróides são usados como
adjuvantes duma terapêutica antituberculosa adequada.
Se forem administrados corticosteróides a doentes com tuberculose latente ou com
reactividade à tuberculina deve efectuar-se uma observação cuidada a fim de detectar uma
possível reactivação da doença. Durante uma corticoterapia prolongada estes doentes devem
também receber quimioprofiláticos.
Devido ao facto de, por vezes, ocorrerem reacções anafiláticas em doentes sob corticoterapia
parenteral é conveniente instituirem-se medidas preventivas antes do início do tratamento,
especialmente nos doentes com história pregressa de alergia a qualquer fármaco.
Têm sido referidas reacções cutâneas de carácter alérgico aparentemente relacionadas com os
excipientes utilizados na formulação. Os testes cutâneos raramente foram positivos para o
acetato de metilprednisolona, per se.

Condução de veículos e utilização de máquinas
Não se aplica.



Utilizar Depo-Medrol sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico
ou farmacêutico se tiver dúvidas.


Devido a possíveis incompatibilidades físicas, o Depo-Medrol suspensão injectável não deve
ser diluído ou misturado com outras soluções. Sempre que a solução e a embalagem o
permitam, os fármacos destinados a administração parentérica devem ser inspeccionados
visualmente para detecção de partículas e coloração.
A. Administração para Efeito Local
A terapêutica com Depo-Medrol não evita a instituição de terapêutica convencional. Apesar
deste meio de tratamento aliviar os sintomas, não tem actividade curativa sobre o agente
etiológico da inflamação.

tamanho da articulação e varia com a gravidade da situação a tratar em cada doente. Em casos
crónicos, as injecções podem ser repetidas com intervalos que variam de uma a cinco ou mais
semanas dep endendo do grau de alívio ob tido apó s a injecção inicial. As doses descritas no
quadro seguinte constituem um guia posológico:

TAMANHO DA ARTICULAÇÃO EXEMPLOS DOSE
Grande
Média
Pequena Joelho, tornozelo, ombro
Co to velo, pu lso
Metacarpofalângica, interfalângica,
esternoclavicular e acromioclavicular 20 a 80 mg
10 a 40 mg
4 a 10 mg


TÉCNICA:
Recomenda-se o estudo anatómico da articulação antes de se tentar uma injecção intra-
articular. Para obtenção do efeito anti-inflamatório completo é importante que a injecção seja
feita no espaço sinovial. Empregando a mesma técnica estéril da punção lombar, inserir uma
agulha de 20 a 24 G. (em seringa seca) rapidamente na cavidade sinovial. Uma infiltração de
pro caína é electiva. A asp iração de apenas algumas go tas de flu ido articular prova qu e a
agulha penetrou no espaço pretendido. O local da injecção é determinado pelo ponto onde a
cavidade sinovial é mais superficial, menos vascularizada e menos enervada. Com a agulha na
posição, retira-se a seringa de aspiração e substitui-se por outra seringa contendo a quantidade
desejada de DEPO-MEDROL. Aspira-se novamente um pouco de líquido sinovial para nos
certificarmos de que a agulha continua na posição correcta. Após a injecção faz-se a
mobilização passiva da articulação para promover a mistura do líquido sinovial com a
suspensão. Cobre-se o local com uma compressa esterilizada.
O jo elho, to rno zelo , pulso , coto velo , o mbro, as articu laçõ es falângicas e a co xa são bons
locais para injecção intra-articular. Na coxa devem tomar-se precauções para evitar os grandes
vasos desta área. As articulações que não se podem utilizar para injecção intra-articular são as
anatomicamente inacessíveis tais como: articulações da coluna e as desprovidas de espaço
sinovial, como as sacroilíacas. Em regra, o insucesso terapêutico resulta da impossibilidade de
acesso ao espaço sinovial. A injecção nos tecidos circundantes proporciona pouco ou nenhum
alívio. Qu ando se verifica insucesso , apesar da injecção ter sido ad ministrad a no esp aço
sinovial em regra, é irrelevante repetir o esquema posológico.
A terapêutica local não altera o processo patológico subjacente e, sempre que possível, deve
ser acompanhada por fisioterapia e correcção ortopédica.
Após a terapêutica intra-articular com esteróides, deverá evitar-se o trabalho excessivo das
articulações nas quais se obteve benefício sintomático. Se não forem tomadas as devidas
precauções pode ocorrer um aumento na deterioração das articulações o que anulará os efeitos
benéficos do esteróide.


As articulações instáveis não se devem injectar. Injecções intra-articulares repetidas podem
provocar em alguns casos instabilidade nas articulações. Em casos especiais sugerem-se
exames radiológicos para rastreio de deterioração.
Se se usar um anestésico local antes da injecção de Depo-Medrol devem respeitar-se as
observações incluídas no folheto informativo.

Desinfecta-se o local da injecção e anestesia-se com cloridrato de procaína a 1%. Introduz-se
na bolsa uma agulha de 20 a 24 G e aspira-se o líquido sinovial com uma seringa. Muda-se de
seringa e injecta-se a dose necessária. Após a injecção retira-se a agulha e cobre-se o local
com uma compressa.

No tratamento de situações tais como tendinites ou tenosinovites, deve ter-se cuidado em
aplicar um antiséptico eficaz sobre a pele e injectar a suspensão na bainha tendinosa e não no
tecido tendinoso. O tendão palpa-se facilmente em extensão. Devido à ausência de uma
verd ad eira b ainha tend ino sa no tend ão de Aquiles, não se d eve utilizar o Depo-Medro l nesta
situação. Ao tratar situações como a epicondilite deve definir-se cuidadosamente a área mais
sensível à dor, injectando a suspensão na zona. Para os quistos sinoviais das bainhas
tendinosas a suspensão é injectada directamente no quisto. Em muitos casos uma única
injecção proporciona uma redução marcada no volume do quisto que pode mesmo regredir.
As precauções de assépsia habituais devem ser observadas em cada injecção.
A dose para o tratamento destas situações varia em cada caso entre 4 e 30 mg. Nas situações
crónicas ou recorrentes pode ser necessário repetir as injecções.

Após a desinfecção com um antiséptico apropriado como álcool a 70%, injectam-se na lesão
20 a 60 mg de suspensão. Pode ser necessário distribuir as doses entre 20 a 40 mg, em
injecções locais repetidas no caso de grandes lesões. Deve ter-se cuidado em evitar a injecção
de quantidade passível de provocar descoloração, pois há a probabilidade de aparecimento de
uma zona necrosada. Em regra utilizam-se 1 a 4 injecções variando o intervalo entre elas com
o tipo d e lesão, du ração e grau de melhoras regist ad as.

B. Administração para Efeito Sistémico
A posologia para administração intramuscular varia com a situação a tratar. Quando se deseja
um efeito prolongado a dose semanal pode ser calculada multiplicando a dose oral diária por
sete, e administrada d e uma só vez por injecção intramu scu lar.
O esquema posológico deve ser individualizado de acordo com a gravidade da doença e
resposta do doente. Para recém-nascidos e crianças a posologia deve ser reduzida, mas deverá
ser determinada mais pela gravidade da situação clínica do que pela observância da relação
indicada pela idade ou pelo peso corporal.
A terapêutica hormonal é um adjuvante e não um substituto da terapêutica convencional. A
posologia deve ser diminuída ou abandonada gradualmente sempre que o fármaco for
administrado por um período razoável. A gravidade, o prognóstico, possível duração da
doença e reacção do doente à medicação são os principais factores determinantes da
posologia. Se ocorrer um período de remissão espontânea numa situação crónica a terapêutica
deve ser abandonada. Durante uma terapêutica prolongada devem realizar-se exames
labo ratoriais d e rotina tais como: análise de urina, glicémia p ósp randial, Rx tórax,


determinação da pressão arterial e peso corporal. Doentes com antecedentes de úlcera ou
apresentando dispepsia significativa devem realizar Rx do tracto gastrointestinal superior.
Nos doentes com síndrome adrenogenital pode ser suficiente uma injecção intramuscular de
40 mg de 2 em 2 semanas. A dose de manutenção para os doentes com artrite reumatóide
varia entre 40 e 120 mg por semana. Para as lesões dermatológicas a dose intramuscular
semanal pode variar entre 40 e 120 mg durante um período de tratamento de 1 a 4 semanas.
Nas dermatites agudas e graves, pode obter-se alívio 8 a 12 horas após a administração de
uma única dose de 80 a 120 mg. Nas dermatites de contacto crónicas podem ser necessárias
injecções repetidas com intervalos de 5 a 10 dias. Na dermatite seborreica pode bastar uma
dose semanal de 80 mg para controlar a situação.
Nos doentes asmáticos pode obter-se alívio entre 6 a 48 horas, podendo durar desde vários
dias até semanas, apenas com uma injecção de 80 a 120 mg. Do mesmo modo, nos doentes
com rinite alérgica (febre dos fenos) uma dose de 80 a 120 mg pode provocar alívio após 6
horas, mantendo-se até 3 semanas. No caso do aparecimento de sinais de stress associados à
situação sob tratamento deve aumentar-se a posologia. Caso seja necessário um efeito
hormonal intenso e rápido recomenda-se a administração intravenosa de succinato sódico de
metilprednisolona, dada a sua elevada solubilidade.

C. Administração intrarectal
Depo-Medrol em doses de 40 a 120 mg administrado em enemas de retenção ou por gota-a-
gota contínuo, 3 a 7 vezes por semana, durante duas ou mais semanas, demonstrou ser uma
terapêutica adjuvante útil no tratamento de alguns doentes com colite ulcerativa. Muitos
doentes podem ser controlados com 40 mg de Depo-Medrol administrado em 30 a 300 ml de
água, dependendo do grau de envolvimento da mucosa inflamada. Devem instituir-se outras
medidas terapêuticas convencionais.

Caso se tenha esquecido de utilizar Depo-Medrol
Não utilize uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de administrar.

Se parar de utilizar Depo-Medrol
Não é recomendada a interrupção abrupta da terapêutica com corticosteróides sistémicos, em
especial quando administradas doses supra-fisiológicas por um período superior a 3 semanas,
em doentes submetidos a esquemas terapêuticos prévios de longa duração (meses a anos) no
ano prévio ao tratamento com Depo-Medrol e em doentes em que existe a possibilidade de
insuficiência supra-renal de causa endógena.



Como os demais medicamentos, Depo-Medrol pode causar efeitos secundários em algumas
pessoas.

Nota: Os efeitos secundários seguidamente indicados são típicos para todos os
corticosteróides sistémicos. A sua inclusão nesta lista não significa necessariamente que
sejam observados particularmente com este fármaco.

Perturbações Hidro-Electrolíticas
Retenção de sódio; insuficiência cardíaca congestiva em doentes sensíveis; retenção de
fluidos; perda de potássio; alcalose hipocalémica.



Musculoesqueléticos
Miopatia esteróide; fraqueza muscular; osteoporose; fractura patológica; fractura de vértebras
por compressão; necrose asséptica.

Gastrointestinais
Úlcera péptica, com possível perfuração e hemorragia; hemorragia gástrica; pancreatite;
esofagite; perfuração intestinal.
Na sequência de terapêutica corticosteróide foram observados aumentos dos níveis de alanina
transaminase (ALT, SGPT), aspartato transaminase (AST, SGOT) e fosfatase alcalina. Estas
alterações, dissociadas de qualquer síndrome clínica, foram normalmente irrelevantes tendo
sido reversíveis quando se procedeu à interrupção do tratamento.

Dermatológicos
Dificuldade de cicatrização de feridas; petéquias e equimoses; fragilidade cutânea.
Hirsutismo, acne, aumento da sudação e estrias cutâneas (após terapêuticas prolongadas).

Metabó licos
Balanço azotado negativo devido a catabolismo proteico.

Neurológicos
Convulsões, aumento da pressão intracraniana, pseudotumor cerebral; perturbações psíquicas
e convulsões.

Endócrinos
Irregularidades menstruais; desenvolvimento de estado Cushingóide; supressão do eixo
pituitário-suprarenal; supressão do crescimento em crianças; redução da tolerância aos
carbohidratos; manifestações de diabetes mellitus latente; aumento das necessidades de
insulina ou agentes hipoglicémicos orais nos diabéticos.

Oftálmicos
Cataratas sub cap su lares posteriores; aumento da pressão intraocular; exoftalmia. Glau co ma e
papiloedema.

Sistema Imunológico
Dissimulação de infecções; infecções latentes que se tornam activas; infecções oportunistas;
reacções de hipersensibilidade incluindo anafilaxia; supressão das reacções aos testes
cutâneos, leucocitose. Os seguintes efeitos secundários estão relacionados com a
administração parentérica de corticosteróides:
Casos raros de cegueira associados com terapêutica intralesional nas áreas da face e cabeça;
reacções anafiláticas ou alérgicas; hiper ou hipopigmentação; atrofia subcutânea e cutânea;
afrontamento após a injecção intra-sinovial; artropatia do tipo Charcot; infecções no local da
injecção na sequência de técnicas não estéreis; abcesso estéril.

Respiratórias
Infecções oportunistas como a pneumonia a Pneumocistis carinii e tuberculose pulmonar.

Cardiovasculares
Disrritmias cardíacas (assistolia e arritmias supraventriculares) e hipertensão.



Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não
mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Sobredosagem
Não há síndrome clínica de sobredosagem aguda com DEPO-MEDROL suspensão injectável
estéril (acetato de metilprednisolona).
Doses frequentes repetidas (diárias ou várias vezes por semana) durante períodos prolongados
podem originar um estado Cushingóide.



Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize Depo-Medrol após o prazo de validade impresso na embalagem, a seguir a “Val.”
(= mês/ano). O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Conservar o medicamento a temperatura inferior a 30°C.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte
ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas
irão ajudar a proteger o ambiente.


6 OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Depo-Medrol

A substância activa é o acetato de metilprednisolona.
Os outros componentes são: Polietilenoglicol 3350, cloreto de sódio, cloreto de miristil-gama-
picolínio, hidróxido de sódio, ácido clorídrico e água para injectáveis.

Qual o aspecto de Depo-Medrol e conteúdo da embalagem

DEPO-MEDROL ap resenta-se em embalagens de:
- Seringa pré-cheia contendo 2 ml (80 mg)
- 3 Frascos para injectáveis contendo 1 ml (40 mg)
- 5 Frascos para injectáveis contendo 1 ml (40 mg)

Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Laboratórios Pfizer, Lda.
Lago as Park, Edifício 10
2740-271 Porto Salvo
Portugal


Este folheto foi aprovado pela última vez em




A informação que se segue destina-se aos médicos e aos profissionais dos cuidados de saúde:

Modo de Administração:
Frasco para injectáveis: o frasco deve ser vigorosamente agitado antes da utilização de forma
a assegurar que a dose a administrar se encontra uniformemente suspensa.

Seringa pré-cheia para administração única: agitar vigorosamente de modo a obter uma
suspensão uniforme.
1- Remover a tamp a;
2- Colocar a agulha usando técnica asséptica;
3- Remover o protector da agulha.
A seringa está agora pronta para ser usada.

Incompatibilidades
Devido à possibilidade de ocorrência de incompatibilidades físicas a suspensão aquosa estéril
de acetato de metilprednisolona não deverá ser diluída ou misturada com outras soluções.
Faça download do folheto informativo

Fonte da informação: última versão disponibilizada no site do Infarmed. Não invalida a leitura do folheto informativo contido no interior da embalagem. Em caso de dúvida ou de persistência dos sintomas consulte o seu médico ou os nossos farmacêuticos

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